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quinta-feira, 16 de junho de 2016

Aulas tradicionais caindo por terra em uma escola de SP

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Alunos do lado de fora: como a escola Amorim Lima virou referência no país

Aulas ao ar livre, salas multisseriadas, roteiro de estudos flexível e pais na gestão de atividades culturais. Conheça o case de sucesso da escola municipal de SP



Por fora, a escola municipal Desembargador Amorim Lima, localizada na Vila Gomes, na Zona Oeste de São Paulo, se parece com uma instituição pública de ensino qualquer. A arquitetura tradicional de muros altos e de portões de ferro que isolam alunos e administração escolar do resto da cidade. Mas basta circular pelos corredores para abandonar essa primeira impressão. Grande parte das aulas ocorre ao ar livre, e não dentro da classe. Crianças pequenas praticam capoeira, ao som do berimbau que o professor de artes toca, a poucos metros de distância de outra roda de alunos, mais velhos, que participam de uma aula no jardim. Mesmo quando estão apenas brincando, os estudantes são instigados a aprender: duas crianças fugitivas, que permaneceram no clima do recreio após o sinal, são “resgatadas” de uma árvore por uma professora. E um inusitado batismo das corujas de pelúcia virou uma breve aula sobre a vida das aves noturnas de rapina. Alguns pais circulam livremente pelos corredores e participam de atividades extracurriculares, como organização de festas e bazares, ao mesmo tempo em que seus filhos estudam.

As salas de aula também estão longe do imaginário trivial, de carteiras enfileiradas e professores que meramente transmitem conhecimento. A lousa nesta escola não passa de um objeto decorativo na parede, reflexo de um passado distante. Alunos de séries diferentes sentam juntos no mesmo grupo e ficam sob a tutoria de professores de matérias diferentes, que se revezam de mesa em mesa para tirar dúvidas. São os alunos que escolhem o que vão estudar na semana.

Justamente por ser pouco comum no Brasil, o método de ensino da Amorim Lima ingressou para o Mapa da Inovação e Criatividade do Ministério da Educação. Em dezembro do ano passado, a pasta divulgou o resultado desse mapeamento feito pela primeira vez em todo o país, que elegeu 178 instituições de ensino, entre ONGs, escolas públicas e privadas, como modelos a serem replicados por todo o sistema. Na cidade de São Paulo, sete instituições públicas de ensino foram chanceladas como inovadoras pelo MEC, e a Amorim Lima é uma delas. No Brasil, existem mais de 200.000 escolas.


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