"Que aluno fraquinho!"
Retirado de: http://www.prof-edigleyalexandre.com/2015/06/voce-aluno-fraquinho.html
Independentemente se o professor tem tempo ou não, isso não pode servir como justificativa para uma não tentativa de colaborar para melhoria estudantil do seu aluno.
Fator 1 - Não desista do seu aluno
Já li muitos textos em sites especializados em Educação. A maioria deles apontam que a aprendizagem está relacionada a diversos fatores. O bom ensino por parte do professor é um deles. E quando este falha? O que fazer? Muitas vezes pensamos:- Eu trabalho em dois expedientes, não tenho tempo para auxiliar um aluno em outro horário;
- Não sou pago para dar aula reservada, dou aula somente para turma;
- Não entendeu o assunto agora, estude mais em casa;
- Não posso fazer nada.
Às vezes, a solução é mais simples do que imaginamos. Na maioria das vezes, o problema pode ser contornado, insistindo no mesmo método de aula. Como assim?
Seja uma aula teórica tradicional, utilizando novas tecnologias ou com objetos de aprendizagemlúdicos; não desista do seu aluno e não deixe que ele perceba sua fraqueza por não saber lidar com essa situação.
Sou professor do 6º ano do Ensino Fundamental 2 ao 3º ano do Ensino Médio, e todo o dia lido com situações que me deixam "sem saída".
Durante o 1º bimestre deste ano (2015) um aluno do 6º ano lutava incansavelmente para entender um conteúdo, relativamente simples para nós, mas para ele não. A única alternativa que apliquei nos momentos em sala de aula, foi insistir em explicações mais detalhadas ainda.
No final do bimestre a avaliação deste aluno coincidiu com o meu aniversário. E neste dia, ao informar a sua nota (9,0), recebi uma cartinha que me fez chorar. O final da carta dizia assim: "...obrigado por não desistir de mim."
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Fator 2 - Método do "faça errado, mesmo sem saber como"
Depois de tantas explicações e observações pontuais específicas sobre o conteúdo em questão, anotei uma série de instruções para ser realizada em casa pelo aluno. Como não há tempo suficiente para auxiliá-lo individualmente, a ideia que veio em minha mente é de saber o porquê de ele não aprender.São elas:
- Leia atentamente as definições e conceitos matemáticos atentamente;
- Observe bem a linguagem matemática dos exemplos e dos exemplos resolvidos;
- Crie um exercício de nível fácil e tente resolvê-lo;
- Crie um exercício de nível médio e tente resolvê-lo;
- Crie um exercício de nível avançado e tente resolvê-lo;
- Quando não conseguir resolver nenhum exercício de qualquer nível, mesmo assim tente resolvê-los.
- Tente resolvê-los sem ajuda externa;
- Mesmo quando haver dúvida do que vai calcular, assim faça;
- Nunca deixe de fazer um cálculo, por medo de errar, pois esse é o momento de errar;
- Algum aprendizado carrega consigo, resta identificar como aplicar corretamente.
Após uma semana de aula sobre um determinado conteúdo matemático, aliado aos estudos frequentes em casa, tentar resolver problema-situações não é fácil, pois a falta de confiança ainda supera o medo de errar.
Concluindo
A ideia deste post não é influenciar na forma como você, professor, administra suas aulas e o aprendizado de seus alunos. No entanto é importante perceber que a maioria das vezes que identificamos deficiências cognitivas em nossos alunos, foram através de um simples bate papo informal em sala de aula ou mesmo pelos corredores da escola.Nem sempre é possível identificar deficiências comuns, pois estas exigem o olhar de outro profissional qualificado. Por exemplo, tenho um aluno com dislexia, e que fiquei sabendo deste fato muito tempo depois. Suas habilidades com cálculo nunca foram anormais, mas só agora percebi que o que falta nele é saber interpretar problemas e enunciados contextualizados. Neste caso um acompanhamento específico é necessário para a sua evolução escolar.
É importante estar ciente de que a deficiência escolar de um aluno em alguma disciplina não deve ser associada somente a sua capacidade intelectual de aprendizagem, e assim, denominá-lo como ele é muito bom ou ele é fraquinho. Tais situações não podem ser apenas identificadas em avaliações formais escritas. Muito menos em 50 minutos de aula.
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