A ideia de que livro é caro no Brasil é repetida à exaustão, até por pessoas que não costumam comprar livros. Desde sempre ouço gente dizer: livro é caro aqui.Já adianto que a resposta para isso é imensa. E vou enumerar cada um dos motivos pelos quais tenho plena convicção de que, não só para mim como para qualquer pessoa razoável, o preço do livro no Brasil é bastante justo.
Em primeiro lugar, muitas pessoas acham o livro caro por causa do valor que atribuem a ele — e aqui falo de valor agregado, valor psicológico, e não monetário. Explico. O preço médio de uma promoção BigMac no McDonald’s é vinte reais. É raro ouvir uma pessoa questionar o valor do lanche. Até pode acontecer de dizerem que é caro em relação a outras comidas; raramente, em relação ao seu preço no exterior.
De todo modo, por que falei disso? Porque o valor do BigMac é o valor doBigMac. Ou você compra ou você não compra e vai comer em outro lugar, gastando mais ou gastando menos. (Mas o McDonald’s continua lotado, e sempre é o mais cheio de todos os restaurantes de um shopping, pelo menos em São Paulo.)Com vinte reais compra-se um livro em qualquer livraria, ou até dois, se houver uma daquelas megapromoções no Submarino. Ou algumas ediçõespocket.Ao comentar o assunto no Facebook, recebi várias respostas dando exemplos como esse. O escritor Eduardo Spohr veio com um ótimo: é muito difícil gastar menos de cinquenta reais numa balada (em São Paulo ou no Rio, ao menos, para onde, aliás, as lojas virtuais costumam oferecer frete grátis de livros). Já o escritor José Roberto Vieira acrescentou que, somando tudo, incluindo estacionamento, não é incomum o preço de tudo chegar a cem reais.
Bem, há livros nessa faixa de preço, mas, considerando a maioria dos títulos no preço de lançamento, seria possível comprar pelo menos três com esse dinheiro.A também escritora Ana Lúcia Merege mencionou o preço da entrada de cinema. Spohr nos lembrou também do valor de um jantar em restaurante. Se pararmos para refletir sobre as pequenas coisas supérfluas (que consumimos) do dia a dia, quase tudo alcança ou até ultrapassa o preço médio de um livro.
Então, por que defendo que livro no Brasil não é caro?
O decreto de 12/08/1815 criando a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios implantou no Brasil a educação artística em caráter oficial. Em 05/11/1826 configurou-se a instalação definitiva da Academia Imperial das Belas Artes - como ficou conhecida a Escola Real - instituindo-se um sistema de ensino artístico que iria moldar de forma singular o desenvolvimento da arte brasileira.
A partir de 08/11/1890, a antiga Academia Imperial foi transformada na Escola Nacional de Belas Artes e em 1931 esta passou a integrar a Universidade do Rio de Janeiro EBA, um dos mais importantes pólos de produção artística, técnica e de pesquisa teórica e científica da América Latina. Abriga em sua estrutura acadêmica cursos integrados à realidade profissional brasileira, tornando-se em 1937, a Universidade do Brasil
.
Em 1965 a referida instituição de ensino passou a se chamar Escola de Belas Artes incorporando-se a Universidade Federal do Rio de Janeiro, constituindo-se através dos anos num verdadeiro organismo cultural, centro universitário e inovador que se dedica a renovar a cultura artística da época e desenvolver, de forma integral e harmoniosa, a capacidade e a criatividade dos seus alunos.
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