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sábado, 22 de março de 2014

"Rapto das Sabinas" - A História se une à Arte



Retirado deste link

Rapto das Sabinas na origem de Roma

O Rapto das Sabinas é uma lenda através da qual se explica a ligação dos romanos com os sabinos ainda nas origens da cidade de Roma.

Publicado por: Tales dos Santos Pinto em Roma Antiga



A intervenção das Sabinas, obra de Jacques-Louis David (1748-1825) referente à lenda presente nas origens de Roma



Rapto das Sabinas é um episódio lendário da origem da cidade Roma e está relacionado com a formação da população da cidade e com os primeiros momentos de sua expansão. As principais fontes da história encontram-se em Plutarco e Tito Lívio, que, através de trabalho biográfico e de história da cidade, apresentaram a lenda do Rapto das Sabinas e algumas de suas versões.

A que parece ser a mais difundida das versões do episódio, a origem do rapto era uma tentativa de Rômulo, o primeiro governante da cidade, de conseguir esposas para a jovem população masculina romana. Ações diplomáticas haviam sido tentadas com os povos vizinhos a Roma, principalmente os Sabinos, para que fosse disponibilizada para matrimônio com os romanos parte de sua população feminina.

Entretanto, todos os chefes das cidades vizinhas negaram os pedidos dos romanos. O recurso à força parecia aos romanos ser a única forma de resolver seus problemas de descendência, pois, sem mulheres, estavam fadados a não deixar filhos, o que colocaria em risco a recém-fundada cidade de Roma.





O Rapto das Sabinas, escultura de Giambologna (1529-1608) feita em uma única peça de mármore



Segundo Tito Lívio, Rômulo conseguiu dissimular sua resignação frente à negativa e organizou um festival em honra a Netuno Equestre, o qual chamou de Consualia. A população de cidades da vizinhança foi convidada, inclusive os membros das classes abastadas e seus familiares. Os princípios de hospitalidade foram respeitados no início, com os anfitriões oferecendo estadia e alimentação aos convidados.

A surpresa ocorreu durante a celebração do festival. Com um gesto de Rômulo, anteriormente combinado, os jovens homens romanos lançaram-se na captura das jovens mulheres que estavam na cidade. O rapto teria ocorrido de forma indiscriminada. Entretanto, algumas das mais belas mulheres teriam sido capturadas a mando de patrícios romanos por plebeus a seus serviços.

Os convidados retiraram-se injuriados da cidade, frente à violência sofrida e à quebra da hospitalidade com os visitantes. Expedições militares foram pensadas para combater a ação dos romanos. As primeiras excursões contra os romanos foram derrotadas.





Gravura de John Leech (1817-1864) mostrando satiricamente o Rapto das Sabinas para o livro A História Cômica de Roma


Mas os Sabinos conseguiram entrar na cidade de Roma, após uma traição de uma romana, que desejava obter o ouro que eles carregavam em seus pulsos. O inesperado aconteceu durante os combates. As Sabinas, que haviam sido raptadas, intercederam no combate com o objetivo de acalmar seus maridos e parentes. Não queriam que seus filhos e netos ficassem marcados com o estigma do parricídio, e se alguém deveria morrer que fossem elas, a causa da guerra.

De acordo com essa argumentação apresentada por Tito Lívio, as sabinas conseguiram pôr fim ao conflito. Foi travado um tratado de paz, e os Sabinos passaram a compor a população romana, que duplicou. Os chefes sabinos foram aceitos nas funções diretivas, auxiliando, dessa forma, o fortalecimento da cidade de Roma."


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