Conheça os mestres da literatura de cordel

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Surgida no Nordeste, a literatura brasileira de cordel é repleta de características bem particulares, que dialogam diretamente com os costumes juninos. Essencialmente popular, o estilo ficou marcado por narrar histórias do cotidiano do nordestino e muitos autores importantes foram esquecidos pela falta de registro de suas obras. Alguns deles, no entanto, conseguiram perpetuar suas obras e hoje são considerados mestre do gênero. Conheça alguns deles:
Apolônio Alves dos Santos
Autor do folheto “Maria Cara de Pau e O Príncipe Gregoriano”, lançado em 1949, foi pedreiro e participou da construção de Brasília antes de viver de sua poesia. Natural de Guarabira (PB), escreveu cerca de 120 folhetos, incluindo o célebre “Discussão do Carioca com o Pau-de-Arara”.
Cego Aderaldo
O poeta popular, nascido em Crato, no Ceará, era inspiradíssimo pela vida no sertão nordestino. Ao perder a visão em um acidente, descobriu que tinha talento para rimar, tornou-se cantor conhecido na região e ganhou até um monumento em sua homenagem, localizado em Quixadá, cidade cearense.
Firmino Teixeira do Amaral
Célebre poeta piauense, Amaral foi um dos principais autores da Editora Guajarina e um dos criadores de um estilo peculiar da literatura de cordel, o trava-língua. Foi autor de “Peleja de Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Tucum”, letra que mais tarde foi gravada por Nara Leão e João do Vale.
João Martins de Athayde
Foi o principal editor da literatura brasileira de cordel. Nascido em 1880, em Cachoeira da Cebola, Paraíba, Athayde foi mascate e pai de 25 filhos. Em Recife, fez um curso de enfermagem e depois comprou o projeto que viria a ser sua editora. Mais tarde, passou a escrever suas próprias obras, como “Serrador e Carneiro”.
Fonte: ABLC