"Eduquemos as crianças, e não será necessário castigar os homens" - Pitágoras

domingo, 9 de dezembro de 2012

Conteúdos ótimos sobre Artes

Retirado de: http://artevis.blogspot.com.br/2007/04/belas-artes-artes-plsticas-arte-visual.html


Belas Artes, Artes Plásticas, Arte Visual.

Uma mesma modalidade expressiva pode comportar diferentes poéticas, diferentes modos de fazer. A questão dos nomes que se referem, atualmente, à Arte Visual, não trata apenas de nomenclatura, mas de concepção. É o caso da Arte Visual, antes Belas Artes e Artes Plásticas.


O termo Belas Artes se refere ao modelo de ensino acadêmico que vigorou no século XIX, por sua vez, baseado no modelo clássico de origem greco/romano que inspirou o surgimento de diversas Academias de Arte na Itália, em outros países da Europa e, depois, na França de Napoleão que marca a origem desse ensino no Brasil. Antes, o ensino de arte era realizado nas Guildas, antigas corporações de artesãos, oriundas da Idade Média, que tinham por meta organizar os interesses de seus artífices quanto ao domínio e qualificação do seu fazer e valoração dos trabalhos que realizavam. Depois das Guildas, as primeiras academias de ensino artístico surgiram no Renascimento na Itália. A primeira delas foi a Accademia di Disegno de Giogio Vasari, em 1562 em Florença; depois a Academia dos Carracci, Annibale, Agostino e Ludovico, em 1585, em Bolonha e a Accademia di San Lucca, de Frederico Zuccari, em 1593, em Roma. Para entendê-las, é preciso falar sobre seu processo de ensino:


A prática pedagógica dessas academias era baseada em um sistema rígido de ensino que tomava como base a cópia de modelos em gesso de esculturas greco-romanas, o desenvolvimento de estampas e ornatos, além de estudos de anatomia e modelo vivo, desenho geométrico e perspectiva, além de filosofia e história. A meta desse ensino era, de um lado, a aproximação com os mestres clássicos do Renascimento italiano como Rafael, Michelangelo e Botticelli, por exemplo, por outro uma tentativa de criar um aparato técnico intelectual que tirasse a arte do contexto do mero artesanato. Em 1664, em Paris, é criada a Académie de Peintre et de Sculpture que tenta romper com o modelo de ensino anterior. Nela, a associação livre, dava a cada um dos participantes iguais direitos e não se submetiam a um mestre em especial, como era o caso das academias tradicionais. Com a ascensão de Napoleão ao poder, esta academia passa a ser uma escola de Arte oficial estatal, muda suas diretrizes e o nome de Academie Royale des Beux-Arts para École de Beux-Arts de Paris. Dessa escola é que vêm os professores da Missão Artística Francesa, trazida em 1816 por D.João VI, cujo trabalho culmina na criação da Academia Imperial de Belas-Artes, em 1826, no Rio de Janeiro, depois chamada de Escola Nacional de Belas-Artes a partir da proclamação da república. Essa escola foi a matriz das demais escolas de Belas Artes que surgiram por todo o país propagando aquele modelo extemporâneo de ensino. Hoje, o prédio daquela escola, no Rio de Janeiro, abriga o Museu Nacional de Belas Artes.


O belo foi sempre um valor artístico de referência para a arte de tradição clássica, desde os gregos, cujo valor era antes da ordem do ético tanto quanto o bem. O bem, enquanto valor moral tornado valor para a arte, encontra sua reciprocidade no belo, tomado como valor idealizado, portanto, de beleza, seguido por outros termos valorativos como o bonito, o agradável, o harmônico, o gracioso etc. Portanto, falar em Belas Artes, faz-nos falar em tradição clássica, em academia e recuperar valores que, nem sempre, fazem o perfil da arte na contemporaneidade, diríamos ser um termo anacrônico.


Quanto ao conceito de Artes Plásticas, vamos começar pelo termo plástico que tem origem no plastikós grego, cujo sentido se refere aos procedimentos de modelagem da argila. Podemos aceitar, então, que o termo plástico tem por propriedade se referir a tudo que dependa de manipulação, da ação manual exercida sobre um dado material que seja capaz de transformá-lo em substância expressiva dando-lhe forma e sentido. Logo, todos os materiais que suportem intervenção a ponto de assumirem novas formas e relações podem ser chamados plásticos. Podemos compreender sob o termo Artes Plásticas, os modos de expressão que tenham como base de trabalho a superfície (ambiente bidimensional) e o volume (ambiente tridimensional), sendo que na superfície podemos falar em expressão gráfica incluindo o desenho, gravura e de expressão pictórica, a pintura; quanto ao volume, podemos falar das poéticas que operam no espaço circundante por meio dos volumes, como a modelagem a escultura, montagens ou assemblages. Um aspecto importante para o entendimento do que é Plástico, é compreender que o exercício pragmático da criação depende também do domínio de habilidades motoras para o manuseio de certos instrumentos e ferramentas na relação com os materiais e suportes. Nos trabalhos em superfície, como por exemplo, no desenho, há que se dominar o uso do lápis ou da caneta, na pintura, há que se dominar o uso dos pincéis e das tintas; na gravura dos instrumentos de corte e incisão para gravar matrizes em madeira (xilogravura), no metal (gravura em metal) ou na pedra (litogravura), além da necessidade de conhecer os meios de impressão. Nos trabalhos em volume há que se dominar habilidades, técnicas, instrumentos e ferramentas para a modelagem e o corte na escultura propriamente dita. Cada um dos modos de fazer implica em técnicas, habilidades e concepções diferentes umas das outras, segundo cada uma das poéticas em que a expressão se dará. É comum a utilização do plural Artes Plásticas, embora o singular Arte Plástica fosse mais adequado segundo a linha de raciocínio que assumimos desde o início. Mas, por força do hábito, vamos manter a grafia como Artes Plásticas.
Se pensarmos que chamamos de Artes Plásticas às obras que são produzidas no domínio das habilidades motoras, materiais e instrumentais como vamos chamar aquelas que se faz sob o domínio de aparelhos que não exercem uma ação direta sobre a matéria e não se utiliza de instrumentos ou ferramentas específicas?


Quando surge no campo da Arte outros modos de fazer que não aqueles tradicionais é necessário também encontrar um outro modo de nomeá-los, caso contrário, fica difícil entender sua procedência e suas diferenças constitutivas. O primeiro desses modos a surgir foi a fotografia. A fotografia, embora tivesse alguma semelhança com o desenho, a gravura ou pintura, não é nenhuma delas.
A fotografia é produto de um aparelho ótico cuja imagem é registrada num suporte químico pela luz e depois processada quimicamente, passando a existir num suporte plano como num negativo, num diapositivo ou numa cópia. Sabemos que os desenhos, gravuras ou pinturas são produtos das habilidades manuais dos artistas que operam diretamente sobre os materiais cujos registros são os mesmos materiais em que ele inscreve diretamente as imagens que cria, como no papel, na tela ou na madeira. A fotografia, por sua vez, não depende da ação manual do produtor, consequentemente, não apresenta o estilo ou o modo de fazer desse produtor, nem as marcas de suas pinceladas, traços ou gestos.
A fotografia é impessoal. As marcas que aparecem na superfície fotográfica são decorrentes das lentes e dos produtos químicos que a constituem e não do autor que a constituiu.


Logo, vamos perceber que o termo Artes Plásticas já não dá conta de obras que eram produzidas por meio de aparelhos, assim, passamos a usar um conceito mais abrangente, o de Arte Visual. A idéia de Arte Visual passa a incorporar diferentes poéticas, tanto aquelas que pertenciam ao contexto das Artes Plásticas, quanto as novas imagens oriundas dos aparelhos como os fotográficos, os cinematográficos e suas decorrências eletro-eletrônicas como o vídeo e os sistemas digitais de produção de imagens fixas ou em movimento. O conceito de Arte Visual pode abarcar o conceito de Arte Plástica, no entanto, o conceito de Arte Plástica, não pode abarcar o de Arte Visual.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Ótima discussão!

Retirado de : http://criticanarede.com/fil_oqueeaarte.html


O que é a arte?

Margaret P. Battin
1. Deram-se algumas tintas e papel à Betsy, uma chimpanzé do Jardim Zoológico de Baltimore, com os quais ela criou vários produtos alguns dos quais podem chamar-se pinturas. Ainda que os trabalhos de Betsy não sejam obras-primas, são inegavelmente interessantes e, à sua maneira, apelativos. Foram expostos no Field Museum of Natural History em Chicago algumas peças seleccionadas do trabalho de Betsy. Suponha que, no mês seguinte, aquelas mesmas peças são exibidas no Chicago Art Institute, e que nas duas exposições os trabalhos de Betsy foram muito admirados pelos visitantes.
É arte o trabalho de Betsy? Será só arte em certas condições de exposição (por exemplo, no museu de arte, mas não no museu de história natural)? Se é arte (pelo menos algumas vezes) de quem é?
Quando se procura decidir se uma peça é uma obra de arte, que tipo de considerações devemos ter presentes? Será importante que o criador seja humano? Será importante se o seu criador pretenda que seja recebida ou compreendida como arte? Será importante que o objecto em questão seja, segundo o nosso juízo ou o de outros, um objecto excelente do seu tipo? Será importante onde, quando e por quem seja visto, se o for por alguém? Se, por acaso, a Betsy criar uma composição que não se distinga de uma obra universalmente aceite como uma obra de arte, transformará isso o seu trabalho numa obra de arte? Que diferença fará se determinarmos que a composição de Betsy ou quaisquer outras coisas sejam obras de arte? Que alterações, se as houver, são necessárias no modo como tratamos e pensamos tais objectos quando fazemos esta determinação?
2. Em 1967, a Galeria de arte de Ontário pagou 10.000 dólares por um trabalho de Claes Oldenburg chamado O Hamburguer Gigante (1967): um hamburguer completo com pickles em cima, feito em tela de vela e preenchido com espuma de borracha, com cerca de 1,32 m de altura e 2,13 m de comprimento. Um grupo de estudantes de arte fabricou em cartão uma garrafa de Ketchup à mesma escala, e conseguiram pô-la ao lado do hamburger, o que fez as delícias da imprensa e aborreceu a direcção do museu. O hamburger continua na colecção do museu mas a garrafa nunca mais foi vista.
Este incidente aconteceu realmente. Como podemos avaliá-lo? Deve ser visto como um gesto de desrespeito a um artista eminente e a uma instituição digna, uma demonstração de falta de maneiras? Ou devemos olhá-lo unicamente como um comentário satírico da facilidade e superficialidade da arte "pop", a arte da altura (como a arte "pop" era um comentário à arte "séria" da altura)? Era uma graça sem importância, deixando as coisas como estavam, sem qualquer dano estético? Ou houve um dano estético ou outro, pelo facto ser embaraçoso? Não passou de um grande erro? Será que os estudantes não compreenderam o objectivo do trabalho de Oldenburg e por isso estabeleceram a relação entre a garrafa de cartão e o trabalho cómico de Oldenburg tornando-o esteticamente sem interesse? Mais precisamente, poderíamos dizer que os estudantes criaram uma nova obra de arte própria, incorporando nela o trabalho de Oldenburg como parte?
Margaret P. Battin
Tradução de Luís Nunes
Texto extraído de Margaret P. Battin, John Fisher, et al.: Puzzles About Art: An Aesthetics Casebook (St. Martin's Press, 1989), pp. 1-3.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Por que a Arte não é valorizada no Brasil?


PERGUNTA MOSTRADA NO LINKEDIN:

"Por que a arte no Brasil não é valorizada como deveria ser, quais os maiores desafios e problemas que enfrentamos para expor a nossa arte no nosso país, o que devemos fazer para melhorar isso ?"



1a. RESPOSTA:

“Esse é um problema sério e traz muitas frustrações aos ilustradores.
Um dos pontos é a popularização dos buscadores de imagens, pois as empresas e clientes que tem projetos e precisa de imagens primeiramente recorrem a este recurso, sem pagar os devidos direitos autorais, só em uma segunda analise é que se identifica a necessidade de um profissional para desenvolver o trabalho de acordo com a necessidade do projeto, mas até este ponto, as pessoas sub entendem que é de certa forma fácil desenhar, o que na realidade é o oposto. 
Penso que a regulamentação da classe também seria de muita ajuda."

A MINHA RESPOSTA:

“Tudo o que o xxxx falou é fato. Mas aqui eu coloco um fato também,que todos vão comprovar sem eu precisar mostrar NADA. 
Como são apresentadas as Artes quando vc é criança,adolescente,enfim,na sua vida colegial? 
Algum professor,pais,responsáveis,mostram o que a Arte pode fazer para ajudar economicamente, emocionalmente ou outro quesito, uma cidade,um país,uma pessoa? 
Se mostram,são pouquíssimos!

Aí essas crianças e adolescentes se tornam esses empresários que estão dentro da categoria que citou o xxxx (donos de empresas que não têm a ver com arte, diretamente falando).

Como eles vão continuar vendo a carreira artística? Do mesmo modo que viram lá atrás! 
Algum de vcs conhece um livro chamado " Desenhando o mundo - conversando com as crianças sobre Design" (Antonio M. Fontoura) ? Recomendo todo mundo ter este livro,mesmo que não tenha filho ou seja professor. Mesmo que vc não entre nestas 2 categorias, certamente vc conhece alguma criança... goste ela de Artes ou não.

Museólogos,decoradores de interiores, arquitetos,paisagistas,urbanistas, artistas plásticos, engenheiros, designers, todas estas profissões lidam com o DESENHO. Mas, como as crianças não são apresentadas a esta realidade, DESENHO vira "coisa de criança", a hora do recreio,uma distração.... Ela não capta que o prédio onde ela mora, que ela adora viver com os pais, primeiros antes de ser construído, foi DESENHADO POR ALGUÉM. E que esta pessoa,pra desenhar o prédio teve q dar muito duro.Teve q praticar muito o traço,teve também que ESTUDAR (ler sobre desenho, história da Arte e afins). Ela não sabe que a quadra de esportes passou pelo mesmo processo do prédio. Ela só vê os peões trabalhando na construção.

E isso acontece com TODAS as profissões que eu citei. E olha que desenho é só UM dos pilares da Arte... mas enquanto os adultos não desmistificarem a Arte pros pequenos,eles vão continuar vendo arte ou como coisa "pra gente muito graúda" ou então pra gente que quer ser falida,"pra quem tem o dom", ou então,pior,só pra enfeitar parede.

E ainda complemento aqui outro defeito que NÓS, profissionais,temos culpa e muita,sim.Não podemos ser hipócritas; a gente reclama da desvalorização,mas quantos de nós parte pra EXPLICAÇÃO PARA LEIGOS,sobre o que nós fazemos e a importância disso pro nosso semelhante? Quantos saem da rodinha de bar,dos fóruns de internet e listas de discussão e conversam com o advogado, contador, bibliotecário, marceneiro, donos de comércio explicando da importância da profissão para a área DELES, quando há uma oportunidade?

Quantos de nós mostram a eles que a gente não rabisca no papel apenas? Que a gente tem 4 anos de universidade pra encarar,e muita matéria teórica e muito livro pra comprar? Quantos leigos nem sabem disso?

Enquanto a postura de TODO mundo não mudar neste sentido,a gente vai continuar vendo o mesmo quadro. 

"Nada muda se você não muda”

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Curiosidades dos nomes dos Bairros da Cidade do Rio de Janeiro


A princípio,não tem muito a ver com Artes, mas achei muito interessante.Quem sabe isso não poderá ser um dia aproveitado para uma aula dessa disciplina?



Tijuca - em tupi-guarani significa brejo, lamaçal.

Guaratiba - em tupi-guarani significa morada ou sítio das garças.

Copacabana - significa mirante do azul, na língua Inca Quichua. Também existe uma cidade boliviana nas margens do Lago Titicaca com o nome de Copacabana. Originalmente, o nome do bairro era Sacopenapã.

Engenho da Rainha - fez parte das terras pertencentes à rainha Dona Carlota Joaquina, casada com D. João VI e mãe de Dom Pedro II, por isso este nome.

Ipanema - significa “águas perigosas” em tupi.

Grajaú - foi dado em homenagem a cidade de Grajaú, terra natal do engenheiro que projetou o bairro, no interior do Maranhão. Várias ruas do bairro tem nome de cidades e rios maranhenses.

Leblon - O nome teve sua origem numa chácara pertencente ao holandês Charles Le Blond que existia no local em meados do Século XIX.

Leme - por causa da Pedra do Leme, contornada pelas praias da Urca e Botafogo e cujo formato, visto de cima, se assemelha ao do leme de um navio.

Maracanã - vem do tupi maraka’nã, que significa papagaio. Provavelmente o rio homônimo recebeu este nome por ter suas cercanias habitadas por uma ou mais espécies destes pássaros.

Ilha do Governador - habitada pelos índios Temiminós, que a abandonaram em conseqüência dos ataques de inimigos Tamoios e traficantes franceses de pau-brasil, os quais foram definitivamente expulsos em 1567, pelos portugueses foi doada a 5 de setembro desse ano por Mem de Sá a seu sobrinho Salvador Correia de Sá (o Velho), futuro governador (daí o nome do bairro) da capitania.

Vila Isabel - batizado em homenagem à Princesa Isabel.

Gávea - devido à vista privilegiada da Pedra da Gávea (embora esta se localize em São Conrado, outro bairro), que por sua vez foi assim batizada por ter em seu topo uma formação rochosa semelhante à gávea dos navios.

Flamengo – é uma homenagem ao navegador flamengo, na verdade holandês, Olivier Van Noort.

Cosme Velho - é uma homenagem ao comerciante português Cosme Velho Pereira que, no século XVI, habitava a parte mais alta do vale do Carioca. Na parte mais baixa do vale havia grande número de laranjeiras, também originando o nome do bairro vizinho, “Laranjeiras”.

Pavuna – Dentre as numerosas “ocaras” alinhadas na sua margem direita, uma, pelo menos, que corresponderia à de “Upabuna”, estaria localizada às margens do rio a que deu nome, o rio Pavuna.

Urca - era o nome do navio do holandês Olivier Van Noort, o Le Blond.

Glória - O bairro deve seu nome à Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, uma das primeiras construídas na cidade no século XVIII, em torno da qual se consolidou o povoamento da região. Nela fora batizado Afonso Henriques de Lima Barreto e teve papel de destaque na corte de Dom João VI.

Bangu – possui 2 versões para o nome: “paredão negro ou escurecido”, numa referência à grande sombra projetada pelo Maciço da Pedra Branca sobre o vale onde Bangu se localiza. A segunda versão atribuí a palavra “banguê” (corruptela de bangu), vocábulo africano, simbolizando uma espécie de padiola construída de couro ou trançado de fibras, amarrada a dois varais e conduzida por dois homens, usada para transporte de cana-de-açúcar, tijolos e outros materiais. É possível, inclusive, que desse processo meio desordenado de transporte tenha surgido a conhecida expressão “à bangu”, que é “fazer alguma coisa sem a menor técnica, de improviso”.

Madureira - era a região de uma fazenda existente na época, arrendada por Lourenço Madureira.

Paciência – Quando os mensageiros imperiais saiam à cavalo da Quinta da Boa Vista (residência do imperador) para levar a documentação até a Casa da Santa Cruz (Santa Cruz) para despachar com o imperador que vinha de S.Paulo e permanecia ali por um tempo, tinham que esperar em uma casa de alimentação e descanso ou troca dos animais, até a liberação para prosseguir até Santa Cruz ( algumas vezes eram oferecidas festas ao imperador). Muitas vezes levavam um dia para ir até a casa da troca de animais e aguardavam dois ou mais dias para a liberação. Quando eles saíam da Quinta da Boa Vista eles tinham diversos destinos e se perguntavam para onde iam e o destino deste mensageiro era " A casa da Paciência"!

Penha - em homenagem à Nossa Senhora da Penha,por causa de uma lenda de um viajante francês que percorria o Brasil e estava em São Paulo. Uma noite pernoitou lá pelos lados de onde hoje é o bairro. Amarrada ao cavalo estava uma imagem de Nossa Senhora. Ele acordou no outro dia e pôs-se a caminho. Léguas mais tarde deu pela falta da santa, voltou e encontrou a imagem no mesmo lugar onde estava dormindo. Colocou-a de volta no alforje e partiu. Horas depois o viajante descobre que a Nossa Senhora não está mais com ele. Volta novamente, e lá está ela, no mesmo lugar.Aí chegou à conclusão que a santa escolhera aquele lugar para ficar. Assim o francês construiu ali uma capela.

Santa Cruz - porque os jesuítas colocaram uma grande cruz de madeira, pintada de preto, encaixada em uma base de pedra sustentada por um pilar de granito. Mais tarde, já durante o Império, o cruzeiro seria substituído por outro de dimensões menores. E, atualmente existe uma cruz no mesmo local, mas não é o cruzeiro histórico, e sim uma réplica que foi erigida durante o comando do então Coronel Carlos Patrício Freitas Pereira. O cruzeiro deu nome à Santa Cruz.

Méier – em homenagem a Augusto Duque Estrada Méier, proprietários das terras que hoje são o bairro.

Cidade Nova – tem registros que remontam ao período do reinado de D. João VI. Até o início do século XIX, a região era um alagadiço que servia de rota de passagem entre o Centro e as zonas rurais da Tijuca e São Cristóvão. Com os aterros feitos com a intenção de melhorar esta travessia, surgiu o projeto de impulsionar o crescimento da cidade para a área, daí o nome.

Estácio - em homenagem ao fundador da cidade, Estácio de Sá.

Santa Teresa - surgiu a partir do convento de mesmo nome localizado na região.

Santo Cristo – O bairro deve seu nome à Igreja do Santo Cristo, construída em frente ao cais do porto.

São Clemente – por causa de um grande proprietário de terrenos naquela parte da cidade, o Sr. Clemente de Matos, muito devoto do santo do qual havia herdado o nome.

Saúde – recebeu este nome por origem de uma promessa religiosa a Nossa Senhora da Saúde, que salvou a esposa de um rico comerciante português, que ergueu uma capela sobre um morro rochoso de frente ao mar.

Realengo - significa ‘Real Engenho’, que abreviado lia-se ‘Real Engo.’

Botafogo – acabou sendo batizado em 1590, quando Antônio Francisco Velho vendeu suas terras para um amigo, João Pereira de Souza Botafogo.

Humaitá – Seu nome provém da batalha do Humaitá, travada na Guerra do Paraguai.

Vigário Geral - Conta-se que o padre responsável pela paróquia de Nossa Senhora da Apresentação (que existe até hoje, em Irajá) vinha, pela estrada de ferro. De lá ele seguia por uma estrada até a Igreja, e, sendo ele responsável por toda a freguesia de Irajá e por utilizar sempre o mesmo trajeto da estrada de ferro até a Igreja, a estrada por onde ele passava levou o nome de "Estrada do Vigário Geral" (parte ainda existente nos dias atuais), que deu nome ao bairro homônimo.

Vila Valqueire - que, na verdade, era um terreno que media 5 alqueires. Como a placa fazia a indicação com algarismos romanos, V Alqueire virou Valqueire.

Piedade – O nome do bairro era “Terra dos Gambás” (por existirem gambás aos montes) e os moradores se reuniram e escreveram uma cartinha para o diretor da Estrada de Ferro Central do Brasil, no fim do século 19. O texto era o seguinte: “Por piedade, doutor, troque o nome da nossa estaçãozinha”. O apelo acabou dando certo. “O diretor respondeu: ‘Minha senhora, será feito. E o nome do bairro será Piedade’.

Inhoaíba – era “Terras do Senhor Aníbal”. Como se falava Nhô Anibal, pegou.

Jardim Botânico - leva esse nome por ser a localização do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Andaraí - seu nome provém da expressão indígena “Andirá-y”, que significa “Rio dos Morcegos”, na linguagem dos índios tamoios que habitavam a região. O “Rio dos Morcegos” hoje é denominado Rio Joana, que atravessa o bairro, dividindo as duas pistas da Rua Maxwell.

Paquetá – o nome da ilha é de origem Tupi e significa “muitas conchas”.

Brás de Pina - deve-se ao antigo proprietário de suas terras, Brás de Pina, que aqui mantinha um engenho de açúcar no século XVIII.

Sepetiba - em tupi, significa sítio dos sapês. A região já foi coberta de florestas.

Largo do Pechincha -recebeu o nome devido ao comércio tradicional e forte, onde funcionava um grande mercado, frequentado por pessoas de todas as partes da cidade que barganhavam na hora de comprar as mercadorias. Então, quando se queria comprar alguma coisa, as pessoas diziam que iam pechinchar no largo.

Jacarepaguá – deriva-se de três palavras da língua Tupi-Guarani: YACARE (jacaré), UPÁ (lagoa) e GUÁ (baixa) – A “Baixa lagoa dos jacarés”. Na época da colonização, as lagoas da baixada de Jacarepaguá eram repletas de jacarés.

Olaria -deu-se em virtude dos senhores de engenho, que mantinham no local inúmeros desses fornos, sendo a primeira olaria construída em 1821, no século XIX, por iniciativa da família Ferreira, aproveitando a abundância de barro oriundo do Morro do Alemão, pertencente àquela época a dita família.

Fonte: Cotidiano Antológico.




domingo, 2 de dezembro de 2012

ORIGAMI, BELA CIÊNCIA!



Retirado de : http://www.urawazabugeikai.com.br/index.php/cultura/82/145-origami

( O link tem imagens BELÍSSIMAS!)

ORIGAMI
A ARTE DA TRANSFORMAÇÃO



Assim como a arte marcial, o chá, a pólvora, entre outros, o papel também foi introduzido ao Ocidente pelo Oriente. Surgindo assim, várias formas de se usar o papel, dentre as quaia, a mais conhecida é a antiga arte do 折紙 Origami.
Não se conhece nenhum registro histórico oficial sobre a origem da arte de dobrar papel. O mais provável é que, o trabalho com essa importante invenção que foi o papel, tenha nascido no seu país de origem, a China.


O papel foi criado no séc. II a.C., e mais tarde, levado pelos árabes para o Egito e depois para a Europa. O papel era associado com o sagrado e possivelmente chegou ao Japão (segundo alguns especialistas) da China pela Coréia no quinto século. Ganhou um lugar importante nos rituais religiosos dos antigos templos Shintoistas, como ornamentações de papel, conhecido como 形代  Katashiro que, inicialmente, eram papeis especiais do santuário cortado e usado em rituais de purificação ou para simbolizar as divindades. Também chamado 人型 Hitogata, eram feitos originalmente de madeira ou metal, porém, as formas de papel começaram a aparecer durante o período de 鎌倉 Kamakura (1192–1333).


Até mesmo, antes daquela introdução, as matérias-primas como o papel-linho e fibra de amora eram oferecidos em rituais.


Continua em: http://www.urawazabugeikai.com.br/index.php/cultura/82/145-origami

sábado, 1 de dezembro de 2012

Encontro de Arte no Museu da República


ORIENTE-SE: ESTADO DA QUESTÃO
 
O I Encontro Nacional de Pesquisadores em Arte Oriental, Oriente-se:
Estado da Questão
reunirá pesquisadores em atuação nas universidades
brasileiras para o primeiro fórum dedicado à Arte Oriental, sob a
égide da História e Teoria da Arte, no Brasil.
 
Período:
6 e 7 de dezembro de 2012
 
Local:Museu da República - Sala MultimídiaRua do Catete, 153 Catete cep: 22220-000 Rio de Janeiro
 
Programação:6 de dezembro
9:00h Credenciamento
 
9:30h Cerimônia de Abertura
Isabel Sanson Portela – Museu da República
Rosana de Freitas – EBA/Outros Orientes
Hitomi Sekiguchi – Cônsul Cultural do Japão
Pedro Aguiar de Freitas – Cônsul Honorário da Índia
Carlos Terra – Diretor EBA
 
10:00h PalestraUm olhar sobre paisagens orientais
Carlos Terra
– Diretor EBA
 
11:00h Sessão de Comunicações 1
Mediação: Marcus Vinícius de Paula
 
André Bueno
Um buda para os romanos: análise do Buda Akshobhya da Gruta 16 de
Yungang e o diálogo intercultural sino-mediterrânico
 
Luiz Felipe Urbieta Rego
A visão jesuita da arte chinesa: rupturas e continuidades
 
Cíntia Moreira
Feira, praça e caverna: arte do livro em Dunhuang
 
12:30h Almoço
 
14:00h PalestraCibele Aldrovandi
A monumentalidade imagético-discursiva no Gunakarandavyuhasutra: uma
estratigrafia do Bodhisattva Avalokiteshvara no budismo indo-nepalês
 
15:00h Intervalo
 
15:30h PalestraYoussef Cherem
A subversão ausente, a transgressão silenciosa: a voz e o silêncio do
corpo na arte contemporânea iraniana e árabe
 
7 de dezembro
 
Mediação: Patricia Souza de Faria
 
10:00h PalestraAfonso Medeiros
Pornoerotismo e estética pop na arte japonesa
 
11:00h PalestraMichiko Okano
A arte japonesa além de ukiyo-e
 
12:30h Almoço
 
14:00hSessão de Comunicações 2Mediação: Marize Malta
 
Maria Fernanda Lochschmidt
As porcelanas chinesas da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano
 
Jorge Lúzio
Arte oriental em marfim no espaço colonial brasileiro
 
Letícia Carneiro
Imagens da lealdade: o contexto da produção fotográfica de Haruo Ohara
entre as décadas de 1940 e 70 no Brasil
 
15:00h Grupo de trabalho
Encontro de pesquisadores-docentes (apenas para convidados)
 
16:30h Encerramento
 
Inscrições: outrosorientes@gmail.com
Serão concedidos certificados de participação
 
Realização
GEAA/Grupo de Estudos em Arte Asiática
 
ApoioEscola de Belas Artes da UFRJ
LabGraf
Museu da República
 
OrganizaçãoRosana Pereira de Freitas
Grupo de Pesquisa Outros Orientes