"Eduquemos as crianças, e não será necessário castigar os homens" - Pitágoras

domingo, 29 de janeiro de 2012

Educação no Canadá

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Educação financeira deve entrar no currículo da rede pública

Educação financeira deve entrar no currículo da rede pública
26 de janeiro de 2012  09h55  atualizado às 10h00

"Começo da vida adulta, primeiro salário e a dúvida: 
o que fazer com o dinheiro? Poupar para o futuro 
ou comprar aqueles itens sempre desejados? 
Se poupar, em que investir? Muitos brasileiros 
se veem diante dessas - e muitas outras - questões
 logo que entram no mercado de trabalho. 
A culpa, para alguns, é da escola, que não ensina 
o aluno como gerenciar seus próprios recursos. 
Pois, a partir deste ano, as siglas SFN, Selic e 
CVM farão parte do currículo escolar. 
É o que propõe um decreto aprovado pelo 
governo federal em dezembro do ano passado.
Segundo a Estratégia Nacional de Educação 
Financeira (ENEF), as escolas públicas deverão 
incluir aulas de educação financeira no currículo básico. 
É o começo de uma caminhada rumo à erradicação 
do analfabetismo financeiro. "É muito importante 
o aluno tomar conhecimento da educação financeira 
desde cedo, para ser um adulto com maior qualidade 
de vida e, principalmente, saber fazer escolhas e 
diferenciar querer de precisar", afirma Odete Reis, 
educadora e consultora financeira.
Para Odete, a escola tem o papel de suscitar 
o debate sobre dinheiro. Gustavo Cerbasi, 
mestre em Administração e Finanças pela 
Universidade de São Paulo (USP) e palestrante 
de finanças pessoais, concorda: "A ENEF já 
foi testada e se verificou que trouxe para os pais 
melhoria na qualidade de vida, pois a criança 
é provocada na escola e aplica em casa". 
Para ele, o ensino formal pode ajudar na quebra 
do tabu do patriarcalismo, grande responsável 
pela falta de educação financeira dos brasileiros. 
Segundo o administrador, como até duas gerações 
atrás a única fonte de renda da família era o 
emprego formal do pai, o casal não conversava 
sobre investimentos e economia doméstica.
A grande preocupação agora é com a capacitação 
dos professores. O medo é que os docentes fiquem 
ainda mais sobrecarregados, prejudicando o ensino. 
"O desafio é fazer com que a educação financeira 
seja estimulante, inclusive sendo explorada por 
professores não só de matemática, mas também 
de outras áreas, como ciências sociais e geografia", 
afirma Cerbasi. Para o consultor, o bom uso do 
dinheiro envolve qualidade de consumo, não 
apenas quantificação.


Ensino na escola não tira a responsabilidade dos pais

No entanto, na opinião dos especialistas, a 

responsabilidade continua sendo dos pais. 
"É deles que vem o maior exemplo", garante 
Odete. A escola tem um papel secundário, 
de reforço da educação já obtida em casa.
"A criança a partir dos dois anos já entende 
o dinheiro, sabe que compra coisas", afirma. 
Os pais, ensina Odete, devem mostrar para 
o filho que ele não pode rasgar as notas nem 
jogar as moedas fora, pois elas têm valor de troca. 
Para a criança em idade escolar, ela recomenda 
o estabelecimento de uma mesada ou uma 
semanada, para que o pequeno já se acostume 
a se controlar. O valor indicado é de R$ 1 por semana 
para cada ano de idade. Ou seja, uma criança 
de 5 anos receberá, em média, R$ 20 por mês. 
Claro que isso varia de acordo com as condições 
da família e com as necessidades da criança.
Cerbasi aprova o uso da medida, mas alerta: 
"Não é simplesmente dar dinheiro, a mesada 
não é um presente. O importante é provocar 
discussão com o assunto e mostrar que é o 
direito de administrar uma parcela do dinheiro 
da família."
Por essa razão, a especialista em educação 
financeira Cássia D¿aquino é contra a obrigatoriedade 
do assunto nas escolas. Segundo a educadora, 
o sistema de ensino que temos hoje aliado 
à delicadeza do tema não permite que se 
pense em educação financeira obrigatória. 
A escola, afirma Cássia, tem importância à 
medida que prepara o cidadão para lidar com 
a vida prática, mas o fundamental é o envolvimento 
e o exemplo dos pais. Para ela, mesada e gastos 
em casa não são temas que dizem respeito 
aos professores. "Isso é assunto de família", defende.
Pensando nisso, há 18 anos Cássia desenvolveu 
um programa de ensino que é empregado em 
algumas escolas, de forma não obrigatória, 
para auxiliar os pais a ensinar a gestão dos 
recursos para os filhos. "É um programa baseado 
no diálogo com os pais, em reuniões de 
acompanhamento", conta. Além disso, 
os perigos dessa obrigatoriedade vão 
além do embate de gerações, afirma Cássia. 
A especialista teme a manipulação de dados 
por professores desinformados e até mesmo 
mal intencionados, que poderiam tentar fazer 
valer a sua visão de mundo em detrimento de outras."

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Reciclagem nas Escolas

http://www.todospelaeducacao.org.br/comunicacao-e-midia/educacao-na-midia/20867/proposta-cria-programa-de-reciclagem-de-lixo-em-escolas/


PROPOSTA CRIA PROGRAMA DE RECICLAGEM DE LIXO EM ESCOLAS

Programa Lixo Reciclado na Escola cria um sistema de coleta seletiva de resíduos que deverá ser implantado na rede pública de ensino, sob a orientação da direção da escola, de professores e funcionários

Fonte: Agência Câmara



A Câmara analisa o Projeto de Lei 2491/11, do deputado Manoel Junior (PMDB-PB), que cria o programa Lixo Reciclado na Escola - um sistema de coleta seletiva de resíduos recicláveis que deverá ser implantado na rede pública de ensino, sob a orientação da direção da escola, de professores e funcionários.
O processo de coleta seletiva consiste na separação de materiais descartados (como papel, papelão, plástico, alumínio e vidro) e seu armazenamento em recipientes próprios, distribuídos no interior das escolas, para posterior comercialização.
Atividades pedagógicas
A proposta prevê a realização de atividades pedagógicas destinadas à educação ambiental. Essas atividades seriam desenvolvidas pelos professores com o objetivo de possibilitar a compreensão do programa e estimular a apresentação de trabalhos, por parte dos alunos, sobre o tema.
Os recipientes que deverão ser utilizados para armazenar o lixo, de forma separada, serão identificados com cores padronizadas para reciclagem:

– verde, para armazenamento do vidro;
– azul, para papel e papelão;
– vermelho, para plásticos;
– amarela, para alumínio e metal;
– cinza, para resíduos misturados ou não recicláveis;
– marrom, para armazenamento de lixo orgânico;
– roxo, para resíduos radioativos;
– preto, para resíduos de madeira;
– laranja, para resíduos perigosos; e
– branco, para resíduos de serviços de saúde.
Conselho
No início de cada ano letivo, deverá ser formado um grupo de conselheiros constituído por pais, alunos, professores e funcionários em cada unidade escolar, para discutir e planejar as ações a serem desenvolvidas, e visando sensibilizar a comunidade escolar sobre a importância da participação no Programa.
Esse conselho terá várias atribuições como a de apresentar semestralmente o balanço financeiro do produto obtido com o material reciclado, juntamente com a direção da escola. O lucro financeiro obtido com a comercialização do lixo será revertido em benefício da própria escola.
“Para termos uma ideia da dimensão do problema do lixo, dos 5.563 municípios brasileiros, somente 900 cidades possuem o serviço de coleta seletiva”, destacou Manoel Junior.
Ele cita estudo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais dando conta que 6,7 milhões de toneladas de lixo tiveram em 2010 destino impróprio (foram depositadas em lixões ou em aterros sem estrutura adequada). “Esse é um problema gigantesco, cuja solução passa pela escola. E esse processo deve ter inicio logo nas séries iniciais”.
Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:
 

Reportagem – Rodrigo Bittar
Edição – Paulo Cesar Santos