"Eduquemos as crianças, e não será necessário castigar os homens" - Pitágoras

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Indicação de Livro




“O conteúdo deste trabalho deve servir de fio condutor às reflexões, análises e discussões na área pedagógica, pois está diretamente ligado ao conhecimento das diferentes linguagens usadas para o exercício da pedagogia em sala de aula. Saber se comunicar consiste em falar a linguagem que o aluno entende e entender a linguagem que o aluno fala.”

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

"Guernica" em 3D com explicação * ÓTIMO!




RETIRADO DE http://www.isa.utl.pt/campus/6_pablo.htm

Guernica

ou o manifesto político de P. Picasso

por Ângela Veríssimo


Um dos quadros que melhor transmite todo o desespero advindo da guerra é o intemporal Guernica de Pablo Picasso, fazendo plena justiça à expressão "uma imagem vale por mil palavras". No início de mais um ano, quase no fim do milénio, aqui neste cantinho do Mundo Ocidental, é tempo de pensar no outro Mundo, cujos povos vivem em palco de guerra, e para os quais nada resta senão esperar por dias de paz.

Guernica

Picasso não tinha sido muito afectado pela I Guerra Mundial e só com a Guerra Civil Espanhola se interessou por política, tornando-se vivamente solidário com os republicanos. As fotografias que aparecem na imprensa no ínicio de Maio de 1937 relativas ao bombardeamento de Guernica (antiga capital do País Basco) em 36 de Abril tocam-no profundamente. Passado pouco mais de um mês e após 45 estudos preliminares, sai do seu atelier de Paris o painél Guernica (3.50x7.82 m) para ser colocado na frontaria do pavilhão espanhol da Exposição de Paris de 1937 dedicada ao progresso e à paz.


Rapidamente o painél se transforma num objecto de protesto e denúncia contra a violência, a guerra e a barbárie: "O quadro converte-se numa manifestação da cultura na luta política, ou melhor dizendo, no símbolo da cultura que se opõe à violência: Picasso opõe a criação do artista à destruição da guerra"(1).


Donde vem a genial monumentalidade que faz de Guernica uma obra tão singular? Na minha opinião, o seu poder advém da carga emotiva que possui. Efectivamente, o painél não representa o próprio acontecimento, o bombardeamento de Guernica, mas "evoca, por uma série de poderosas imagens, a agonia da guerra total"(2), chegando a constituir uma visão profética da desgraça da guerra que nos ameaça hoje e que nos ameaçará no próximo século que segundo S. Huntington "se caracterizará por muitos conflitos de pequenas dimensões"(3), devido em grande parte à existência, na actualidade, de mais de meia centena de estados fragéis e desintegrados. De facto, a destruição de Guernica foi a primeira demonstração da técnica de bombardeamentos de saturação, mais tarde empregue na II Guerra. Picasso já em fase pós-cubista, consegue aqui tornar o acto pictórico na narração objectiva da ideia que formou perante o acontecimento e da emoção que sentiu. Com ele,"a pintura carrega consigo o seu património de experiências emocionais" deixando de ser "um ideal abstracto de beleza formal ou de representação lírica da aparência vísivel"2. Citando o artista: "Quando alguém deseja exprimir a guerra, pode achar que é mais elegante e literário representá-la por um arco e uma flecha, que de facto, são estéticamente mais belos, mas quanto a mim (...) utilizaria uma metralhadora"(4).
Tecnicamente tudo em Guernica contribui para a transmissão de emoções avassaladoras a começar pelo uso da técnica de "collage" de que Picasso e Braque tinham sido pioneiros em 1911-12 e que o primeiro aqui retoma, já não "colando" objectos na superfície do quadro mas pintando como se fizesse colagens; com este Cubismo de Colagens cria-se um conceito de espaço pictórico radicalmente novo não criado por nenhum artifício ilusionista mas pela sobreposição dos "recortes" planos, neste caso especifíco em tons de preto e cinzento atravessados por claridades brancas e amareladas, numa total ausência da cor, inexoravelmente evocativa da morte.


A par disso, Picasso recorre a formas dramáticas, violentas, a fragmentações e metamorfoses anatómicas que se por um lado criam figuras que não aderem a nenhum modelo "real", por outro exprimem toda a realidade e agonia da dor insuportável. A comprovar isso atente-se nas várias figuras que o pintor representa neste quadro que aparentemente livre, obedece contudo a um rigoroso esquema em termos de construção (imagine-se a tela dividida em 4 rectângulos, com um triângulo cujo vértice corresponde ao eixo vertical que a divide em duas partes iguais): a mãe chorando a morte do filho (descendentes da Pietà...) e o ameaçador touro de cabeça humana, no 1º rectângulo, o "olho" luminoso do candeeiro que derrama uma luz inóspita (no 2º), a mulher com a lâmpada na mão recordando-nos a Estátua da Liberdade



(no 3º) e o homem que em desespero levanta os braços ao céu (no 4º). Repare-se ainda no cadáver empunhando a espada partida (um emblema da resistência heróica) e o cavalo ferido que aparecem no referido triângulo. O cavalo é à semelhança do touro uma figura saída da mitologia espanhola; representa o povo que agoniza sob o jugo opressor do touro, símbolo da brutalidade, das forças do mal. 

sábado, 24 de setembro de 2011

Dois assuntos MUITO importantes para Professores

Saiba como a lei encara ofensas pela internet
LEONARDO LUÍS
Folha.com


1) Existem leis específicas para crimes contra a honra cometidos pela internet?
Não. Ofensas feitas na rede são encaradas pela Justiça brasileira à luz dos mesmos artigos do Código Penal que se referem a comentários feitos em qualquer outro espaço.


2) O fato de a ofensa ter sido feito pela internet pode agravar a pena?
Sim. Um inciso do capítulo do Código Penal sobre crimes contra a honra diz que as penas aumentam em um terço "na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria", como é o caso da internet.


3) Declarações feitas de forma anônima podem redundar em processos?
Sim. Ocultar o nome na internet não garante o anonimato perante a Justiça. Com os dados do IP da máquina de onde partiu a ofensa, fornecidos pelo provedor da conexão, é possível localizar o autor de um comentário.


4) O provedor da conexão é obrigado a fornecer dados de IP do autor da ofensa?
Sob ordem judicial, sim. No entanto, não há nenhuma lei no Brasil que determine um tempo mínimo durante o qual os provedores são obrigados a guardar os dados de conexão de seus usuários.





Projeto de Lei 267/11 - Punir agressão ao Professor


A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 267/11, da deputada Cida
Borghetti (PP-PR), que estabelece punições para estudantes que
desrespeitarem professores ou violarem regras éticas e de comportamento de
instituições de ensino. Em caso de descumprimento, o estudante infrator
ficará sujeito a suspensão e, na hipótese de reincidência grave,
encaminhamento à autoridade judiciária competente. A proposta muda o
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) para incluir o respeito
aos códigos de ética e de conduta como responsabilidade e dever da criança e
do adolescente na condição de estudante.  Indisciplina: De acordo com a
autora, a indisciplina em sala de aula tornou-se algo rotineiro nas escolas
brasileiras e o número de casos de violência contra professores aumenta
assustadoramente. Ela diz que, além dos episódios de violência física contra
os educadores, há casos de agressões verbais, que, em muitos casos, acabam
sem punição. O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado
pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Educação e Cultura; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania. 

Fonte:
http://primasfalando.blogspot.com/2011/04/camara-analisa-projeto-de-lei-que-pune.html

sábado, 10 de setembro de 2011

Cyberbullying,um problema sério nas escolas

Retirado de: http://barradesaojoao.com/casadoprofessor-14

O valor do material reciclado * AMO!

Todo mundo da EBA pelo menos uma vez,já me viu circulando com um tubo cinza na bolsa...pois é,é um porta papel igual aqueles vendidos pra Arquitetos,mas aquele foi feito de material reciclável ( tubos para confete pra festas + rolo de papel higiênico + isopor.Só o revestimento,de EVA,é que não é reciclado...foi comprado). É o segundo da foto abaixo,da esquerda pra direita. Depois eu me empolguei e fiz mais 3: um pra folha A2 e dois pra folhas A4. O marrom eu pintei,não revesti.



E nesses últimos dias, eu estava guardando pra doação, os materiais da foto abaixo; só que como eu estava sem lugar pra guardar esses, eles estavam circulando pela minha mesa...e estavam me dando a maior agonia! Toda hora eu tinha q ficar trocando os objetos de lugar pra poder usar a mesa.



E do nada,um belo dia (ou melhor,uma bela MADRUGADA,sem aula no dia seguinte), me baixou um "Momento Eureca" da vida. E aconteceu um novo destino pras minhas folhas A3 - que tbem estavam rodando pela mesa e estante!



Agora falta só botar esse projeto com uma carinha personalizada,mas vou ter que aguardar um "Momento Eureka" novo. Não me veio ideia nenhuma ainda.... rsssss
Abraços!

História da Arte * pra quem não viu ou perdeu o link

Estou postando aqui o link pra Grande Aula de História da Arte,post de janeiro de 2011.
Pra quem não viu ainda,tem MUITOS powerpoints pra download! Uns 30,se não me engano! =D


Abraços!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Estratégia mercadológica dos Museus de Nova York e Londres




Arte moderna seduz a alma do negócio * MATÉRIA

Retirado deste site


Arte moderna seduz a alma do negócio


Tese de doutorado mostra a influência exercida pelos movimentos artísticos na publicidade dos anos 70 e 80


O trabalho de René Magritte intitulado
“No Limiar da Liberdade” e a peça publicitária da Hydra, ao lado: elementos inspiradores

A linguagem adotada pela propaganda brasileira entre os anos de 1975 e 1984 sofreu forte influência da arte do século XX, notadamente os anúncios publicados em revistas. Dentre os vários movimentos artísticos que contribuíram para a construção do discurso gráfico, dois marcaram especialmente a produção do período: a Pop Art e a Minimal Art. A constatação faz parte da tese de doutorado defendida recentemente por Carlos Roberto Fernandes junto ao Instituto de Artes (IA) da Unicamp, onde também é docente. O trabalho, intitulado “Interface Arte/Propaganda no Brasil (1975-1984) a partir da análise de Anúncios em Revistas, nos Anuários do Clube de Criação de São Paulo”, constitui um estudo amplo e original sobre as técnicas empregadas na elaboração de 716 peças publicitárias, todas elas concebidas antes do advento da informatização do mercado. A banca examinadora recomendou a tese para publicação.
O professor Carlos Roberto Fernandes: Pop Art e Minimal Art estão presentes em 44% das obras estudadas






















Carlos Fernandes, que também é dirigente da Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural (CDC) da Unicamp, conta que decidiu analisar as obras contidas nos anuários do Clube de Criação de São Paulo por causa da singularidade da publicação. “Trata-se de um empreendimento de sucesso, que já está na sua 28ª edição. Os trabalhos presentes nos anuários são de reconhecida qualidade e passaram pelo crivo dos próprios profissionais de propaganda, especialistas nessa área da Comunicação”, explica. O docente do IA afirma que não se ateve apenas às peças publicitárias premiadas, pois elas não seriam representativas do conjunto da produção do período. Já a opção pela década de 1975 a 1984 está relacionada com o fato de os anúncios terem sido concebidos sem o auxílio do computador. “São o resultado do trabalho feito em prancheta, sem grandes recursos de trucagens e com muito suor. Os processos empregados, apesar de possibilitarem ótimas impressões finais, ainda estavam longe da qualidade técnica de hoje”, diz.
Para evidenciar as técnicas empregadas na elaboração das peças publicitárias, Carlos Fernandes desenvolveu uma metodologia própria. Primeiramente, separou os anúncios por grupos, que foram definidos pela sua composição plástica. Depois, o docente do IA considerou os elementos visuais e estruturais das obras e avaliou que experiências ocorridas no campo das artes plásticas deram contribuição à linguagem adotada pela propaganda. “Foi possível constatar uma clara influência da arte do século XX nos trabalhos analisados. Além de contribuições esporádicas de vários movimentos artísticos, duas correntes forneceram a base para a constituição da linguagem da propaganda no período: a Pop Art e a Minimal Art, cujos elementos estão presentes em 44% das obras estudadas”, afirma.


A relação entre a propaganda e Pop Art, reforça Carlos Fernandes, está expressa tanto na quantidade quanto nas estruturas formais dos anúncios. “O motivo parece óbvio: no princípio, a propaganda é geradora da Pop Art e está na formação do seu principal articulador, o artista Andy Warhol, que tinha experiência em produção gráfica e conhecia os procedimentos técnicos da fotolitografia e serigrafia”, comenta. Assim como a Pop Art, afirma, diversas peças publicitárias valeram-se do estilo figurativo e do recurso da repetição para vender um determinado produto, ainda que este não aparecesse necessariamente na obra. “A importância, segundo este conceito, está mais no símbolo do que no produto propriamente dito”, esclarece o autor da tese.


Propaganda da empresa Hoechst faz clara citação da Pop-Art de Andy Warhol: composição em grade com repetição de fotografias
A influência da Minimal Art também pôde ser identificada na estrutura das peças publicitárias, de acordo com o docente do IA. O movimento artístico, destaca Carlos Fernandes, propõe uma arte sem representação. O minimalismo, como o nome sugere, é caracterizado pela “limpeza”, pela dispensa de “cenarização” e até mesmo pelo descompromisso com a história, elementos presentes em várias obras analisadas na tese, que foi orientada pelo professor Adilson Ruiz, também do IA. O fato de os anúncios analisados terem sido produzidos sem o suporte da informática não agrega, necessariamente, valor adicional a eles, na opinião de Carlos Fernandes. De acordo com o especialista, o conceito sempre é mais importante do que o instrumental utilizado. “O computador só dá mais tempo para quem tem os conceitos bem organizados”, diz.


Primórdios – De acordo com Carlos Fernandes, é impossível demarcar um período a partir do qual estabeleceu-se a interface arte/propaganda no Brasil. De maneira geral, afirma o autor da tese, a publicidade sempre se apropriou de referências proporcionadas pelas diversas atividades humanas. “Isso inclui a arte, na medida em que ela se propõe banal”, afirma. E acrescenta: “a propaganda, nesse caso, influencia e é influenciada, tendo como objetivo a sedução”. Conforme a pesquisa conduzida pelo docente do IA, a publicidade brasileira começa a tomar forma em meados do século 19.


O trabalho de René Magritte intitulado “No Limiar da Liberdade”
e a peça publicitária da Hydra, ao lado: elementos inspiradores
O excesso de oferta de determinados produtos, que não encontravam procura adequada nos mercados próximos, obrigou os produtores a contratarem agentes nos grandes centros urbanos, para que estes promovessem a venda de suas mercadorias. Esses agentes eram, inicialmente, profissionais autônomos que representam o produtor. Eles compravam espaço nos jornais para a publicação de anúncios. Posteriormente, com o aumento das solicitações de atendimento, organizaram-se em empresas, dando início a uma atividade mais planejada. “Dessas empresas surgiram as agências de propaganda, as tetravós das agências tais como as que conhecemos hoje”, conta Carlos Fernandes.


Antes disso, afirma o autor da tese, os anúncios impressos já eram comuns nos jornais brasileiros, sendo contratados diretamente pelo produtor, comerciante ou profissional liberal. “Os primeiros anúncios veiculados em jornais eram constituídos apenas de texto e não passam de composições tipográficas. O tipógrafo era, na maioria das vezes, quem decidia sobre as características principais do anúncio, uma vez que detinha as informações das possibilidades e limitações do processo”, esclarece o docente do IA. Atualmente, conforme Carlos Fernandes, a publicidade brasileira tem a sua qualidade reconhecida internacionalmente, o que pode ser constatado pelos prêmios que tem recebido ao longo dos anos.

domingo, 4 de setembro de 2011

Presidenta do Inep fala sobre Enem, Ideb e avaliação para professores

Retirado deste site
sexta-feira, 2 de setembro de 2011 às 13:19h


A presidenta do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), Malvina Tuttman, disse que a prova para ingresso de professores na carreira, que começa a ser aplicada no ano que vem, buscará apaixonados pela profissão.
Ela mesma se declara uma. Em palestra no 4º Fórum Nacional da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), disse às 905 secretarias presentes que aceitou o convite para o atual cargo quando o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que queria uma professora a frente do órgão.
Em entrevista concedida ao iG, ela comentou ainda que pretende voltar a dar aulas quando se aposentar, mas defendeu também boa remuneração. “Não é um sacerdócio”, afirmou.
A semanas de ser colocada à prova pelo primeiro Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) de sua gestão, ela falou ainda dos custos e das mudanças para o teste que será feito por 5,4 milhões de candidatos e deu sua opinião sobre o projeto de expor o Ideb em placas na porta da escola.



Confira abaixo a íntegra dessa conversa:



A sra. pediu aos dirigentes municipais que façam adesão à prova que será aplicada a professores em fevereiro e março como forma de testar para a avaliação de docentes para ingresso nas redes. O teste vai ter algum valor?
Não vale nada. Apenas precisamos pré-testar os itens para que eles façam parte do banco de itens. É como se a gente testasse as perguntas de uma pesquisa, para ver se as respostas nos dizem o que estávamos querendo saber.
Se não tivermos nenhuma mudança no cronograma, a primeira prova para valer vai ser aplicada em agosto. Neste sentido, as secretarias agora estariam apenas ajudando, a adesão mesmo será depois quando cada uma fará um edital para dizer se vai usar ou não o teste para a contratação de pessoal.





Quais vão ser as novidades do Enem deste ano?
Fizemos um Termo de Ajuste de Conduta com o Ministério Público em que nos comprometemos a mostrar o espelho (a correção) da prova. O acesso vai ser tanto para a prova objetiva como para a redação, mas é em caráter pedagógico.
A própria Justiça considerou que os argumentos apresentados pelo Inep sobre a possibilidade de recursos são válidos (o Inep alega que nenhum educacional aceita recurso por causar lentidão ao processo). Sempre defendi que as pessoas têm o direito de ver a correção, mais ainda, acho que pedagogicamente é fundamental.



Por que o Enem foi orçado 190% mais caro em 2012?
Não ficou mais caro. Foram ampliadas algumas questões para atender melhor todos aqueles que desejam fazer, mas não ficou mais caro. O valor por aluno, de R$ 45, é 50% menor do que os concursos vestibulares. Há uma diferença em relação ao ano passado, por conta do investimento para fazer um exame cada vez mais qualificado.



Ao apresentar a matriz de referência com as habilidades desejadas nos professores a sra. falou várias vezes em paixão. O governador do Ceará, Cid Gomes, disse que professor tem que trabalhar por amor, não por dinheiro. A sra concorda?
Não vou analisar as palavras do governador, vou refletir sobre esta situação a partir da minha própria fala. Tudo que fazemos tem que ter paixão, tem que ter a nossa alma, tem que ter o nosso sangue. Se você não gostar do que você faz, dificilmente fará com qualidade. Isso é uma coisa, outra é um plano de carreira, uma remuneração digna para um profissional de extrema importância no País.
Nós não podemos misturar e dizer que é um sacerdócio, não é. Acho mesmo que precisa ter paixão, eu quero voltar à sala de aula quando me aposentar porque foi lá que aprendi com meus alunos a ter paixão por ser professora, mas eu me sustento e sustento minha família com o meu salário.



O que a sra. acha do Ideb na porta da escola?
Vou falar como professora, como pedagoga, como mestre e doutora em Educação e também pela minha experiência em avaliação por conta da minha prática cotidiana. O Ideb dá a possibilidade de se encaminhar ações políticas para, se for o caso, transformar uma realidade e colocá-la no rumo desejado.
Sempre há um marco de referência e a avaliação nos permite perceber a que distância estamos dele e a partir daí buscar o ideal desejado. Na escola, isso fica posto no projeto pedagógico que deve ser elaborado em parceria com a comunidade e com os profissionais da escola.
O Ideb é um indicador importante, mas é um recorte, ele não é a totalidade da escola, a alma da escola, mas serve como parâmetro para se perceber em muitos aspectos a que distância a escola está daquele ideal de referência, mas isso é importante para a escola. Este Ideb deve ser conhecido de todos, mas conhecido para que a escola possa rever seu próprio projeto e avançar cada vez mais.



Não ficou claro, se a sra. é a favor ou contra as placas.
Eu sou a favor de que o Ideb seja público, mas não que seja um rótulo da escola.




A Prova ABC, que avaliou 6 mil crianças de 8 anos, será ampliada?
Esse é um projeto com várias parcerias. O Inep tem contribuído no sentido de oferecer itens para a porta. Quanto mais avaliações e instrumentos de medidas tivermos, melhor. Se houver possibilidade de ampliar para melhor podermos perceber a realidade dos estudantes, eu apoio. Mas não há nenhum plano efetivo por parte do Inep de aumentar por enquanto.