"Eduquemos as crianças, e não será necessário castigar os homens" - Pitágoras

sábado, 7 de novembro de 2009

Somos todos Mestres e Aprendizes

Somos todos mestres e aprendizes
:: Conceição Trucom ::



O riso é a menor distância entre duas pessoas - Eugene Ionesco

Todos os grandes gênios que a humanidade já produziu concluíram, cedo ou tarde, que nosso vasto mundo é um playground onde, de todas as moedas de troca, a mais importante é o bom humor. Seja ensinando e/ou aprendendo, "brincar" é, sem dúvida, a melhor forma de perceber, amar e viver a vida.

No ato do brincar e rir verdadeiros, acionamos/oxigenamos nossa inteligência afetiva e emocional, ou seja, abre-se um fluxo de energia circulante para o 'sentir' e 'perceber' as pessoas que nos cercam e o invisível. Isso explica porque quando bem humorados, ficamos mais inspirados e inteligentes, e transcrevo aqui uma frase genial do pensador Guy Claxton: O riso é uma condição necessária para o pensar, porque a inteligência aumenta quando você pensa menos. Hehe!

Somos animais curiosos e só podemos sobreviver em nosso mundo se tivermos formas de satisfazer nossa curiosidade e aliviar todas as tensões inerentes aos desafios, inclusive, de aprendizado e amadurecimento, da vida.

Os animais humanos fazem isso através da brincadeira autêntica, embora nossa sociedade não valorize, infelizmente, a verdadeira brincadeira para os adultos. E aí começa nosso desafio maior, pois pais e professores são adultos, que precisam ensinar a vida às suas crianças. Como será esta troca? Quem será o mestre? Quem será o aprendiz?

O perigo: somos educados para a luta e competição. Crianças têm direito à infância? Adultos têm direito de brincar e aprender com suas crianças?

Mas, enquanto o padrão social é a luta, ficamos impacientes, tomamos atalhos (mundo da ilusão) e depois, surpresos, o desempenho e aprendizado caem, a frustração surge, e o mental racional/lógico nos confirma: somos mesmo incompetentes (notas baixas) e infelizes (mesmo que a nota seja alta) porque solitários.

O psicólogo Arthur Koestler acredita que a curiosidade, ou impulso exploratório, é um imperativo fundamental do comportamento humano, como a fome ou a sede. Ele cita amplas evidências do mundo animal como, por exemplo, os macacos que brincam com um desafio e o solucionam sem a oferta de uma recompensa. E, o que é mais importante, o desempenho melhora quando não estão brigando por uma recompensa, mas brincam solucionando o desafio no espírito da "arte pela arte".

Quando há briga NÃO HÁ UMA BRINCADEIRA AUTÊNTICA e os animais "ficam impacientes e tentam resolver as coisas rapidamente", o que faz claramente o desempenho piorar. Você já viu este filme?

O ato de ensinar e aprender é pura criatividade, alegria, arte pela arte, ao mesmo tempo uma questão de sobrevivência (no sentido da significância), jamais de competição.

A curtição verdadeira é nosso elo com o tipo de pensamento que nos permite ver a vida como um processo de constante redefinição, ressignificação. O bom humor e o riso, que pode partir do professor (pais) e contagiar alunos (filhos) ou partir do aluno (filho) e contagiar o mestre, pode ser um sinal de que estamos aprendendo novos padrões, de que captamos uma nova maneira de perceber algo. Uma aproximação via afetividade.

Mantenho minha posição de que só porque algo é importante, ou sou o líder da hora, não preciso ser séria. Buda foi o primeiro a ligar riso à alma, inspiração e criatividade. Ou seja, todos podemos ser pessoas animadas, inspiradas e viver uma vida criativa.

Quando permitimos que o bom humor e o riso se manifestem, façam parte do nosso cotidiano, abrimos uma pista de acesso para que padrões rígidos sejam transformados, e será por esta mesma pista que iremos acessar a forma mais fundamental de crescimento: nossa habilidade de aprender, registrar e responder flexivelmente e afetivamente às exigências da vida.

A perda do meio ambiente adequado para se brincar e, como conseqüência, da própria capacidade de brincar, produz muitos efeitos negativos na vida das pessoas: crianças e adultos. Nos últimos tempos, cientistas de várias áreas dedicam-se a investigar a filosofia e a psicologia do ato de brincar: o que acontece com o corpo, cérebro e comportamento de uma pessoa quando se diverte, faz travessuras, ri e desfruta a vida?

Desde o início, os resultados surpreendem: é justamente quando se brinca que as células cerebrais formam mais e mais conexões (sinapses), criando uma rede densa de ligações entre neurônios que passam sinais eletroquímicos de uma célula para outra. Ou seja, o ato de brincar e rir estimula e exercita as diferentes funções cerebrais. Sinapses brotam em grande número especialmente durante o momento de descontração e bom humor. E um fluxo interessante acontece: o que está acumulado na mente desce para as demais partes do corpo. Mente e corpo se aliviam de suas tensões, permitindo que ambos tenham mais percepções e prazer.

Finalizo este texto pedindo uma reflexão para o modelo de relação e posicionamento entre mestres e aprendizes. Quem é mestre? Quem é aprendiz a cada minuto de nossas vidas? Ou melhor, o que você quer ser? Mestre? Aprendiz? Ou os dois ao mesmo tempo?

Quando funcionamos sem bom humor, riso e criatividade, perdemos a capacidade da afetividade e do aprender, portanto, de ensinar. Quando afirmamos que somos autoridade porque temos mais idade ou papéis a cumprir, é sinal claro de que ficamos presos no mundo da ilusão e colocamos nossas crianças no mundo da solidão e impotência: onde estão meus mestres e referenciais? Com quem vou exercitar minha forma natural de aprender?

O modelo de uma vida comum bem-sucedida, que inclui decisões e compromissos precoces, com um preparo educacional que não aciona a espontaneidade, o aprender criativo, mas sim a luta e a competitividade, irá gerar que alegria e realização nas carreiras, casamentos e relacionamentos das nossas crianças?

Que mestre ou pais se sentem realizados e significantes se não existe alegria, prazer, afeto e calor nas relações com suas crianças?

Vamos mudar? Vamos curtir e aprender e... daí poder ensinar?

Bateson define a sabedoria como tendo muitos ingredientes, mas um dos essenciais é "nos tornarmos conscientes de quantas vezes teremos de mudar de idéia".

Leia Também: Brincadeiras e Cura e O Bom Humor do Professor

Conceição Trucom é química, cientista, palestrante e escritora sobre temas
voltados para o bem-estar e qualidade de vida.

Visite seu Site no STUM e o www.docelimao.com.br
Email: mctrucom@docelimao.com.br

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Meia passagem de ônibus para Universitários

retirado do blog do Rafael Oliveira



O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, prometeu nesta semana criar uma lei para diminuir as despesas com gastos de ônibus para os universitários da cidade do Rio.Os estudantes de qualquer faculdade da cidade (pública e particular) pagarão a metade da tarifa de qualquer linha municipal no turno de estudo.

O prefeito enviará até o dia 15, o pedido para a Câmara de Vereadores para a aprovação.
Em troca, as empresas de ônibus receberão descontos na arrecadação do ISS (imposto pago pelas empresas de ônibus) e taxação do "busdoor" (Aquela famosa placa publicitária fixada na traseira dos ônibus).

As empresas de ônibus afirmaram apoio ao projeto.

Primeiro dia de aula... e o professor agora é VOCÊ.

O primeiro dia do resto da sua vida

Karen Jardzwski
retirado do site "Profissão Mestre"



Será que eles vão gostar de mim? E se me odiarem? O que fazer se o tempo não for suficiente para passar todo o conteudo, ou se sobrar muito tempo? O que eu digo se um aluno me fizer uma pergunta e eu não souber responder? E se eu tropeçar no meu próprio sapato e cair de cara no chão? Ou tiver um acesso de dor de barriga, ai meu Deus, por que fui pensar nisso? Alguem me diz onde fica o banheiro por favor...?!"Bom dia, crianças! Esta é a nova professora de vocês. Sejam gentis, é o primeiro dia de aula dela!"


Se não foi exatamente assim, é bem provavel que tenha sido semelhante a sua, e a da maioria dos professores, primeira experiencia em sala de aula. Mãos tremulas, pernas bambas, coração a mil. A unica saida e encarar a situação e torcer para não ter um dia daqueles. Já percebeu que sempre que fazemos uma coisa pela primeira vez, parece que existe uma rede de conspiração fazendo com que de tudo errado? Papéis e livros esquecidos, soluçco, molho no jaleco branco, tombos tipicos de videocassetada, etc.


Algumas recomendações

Se não e possivel prever, pode-se ao menos caprichar na preparação e tomar alguns cuidados para evitar situações constrangedoras logo no primeiro dia de aula, e por que não, em cada nova aula, a cada turma ou ano diferente. A experiencia pode ate diminuir a inseguranca, mas os medos continuam os mesmos e aquele friozinho na barriga, para muitos profissionais, e eterno.


"Tem de imaginar que cada aula e um novo espetaculo e e bom sentir esse 'friozinho na barriga`, ele faz com que o professor busque a melhor preparac?o sempre", explica a professora Lucia Maria Silva Kremer, professora desde 1986 e formadora de professores de portugues-ingles ha quatro anos. De acordo com ela, alguns dos medos dos professores s?o em relação ao tempo da aula, o dominio do conteudo e da turma. "O primeiro dia de aula é um grande desafio. A inseguranca o faz ficar nervoso porque não conhece os alunos e sabe que precisa conquista-los, por isso surgem os medos", diz.


Para a professora Ivone Baldan, que leciona ha 45 anos, a preparação e fundamental, mas há situações em que só o bom senso pode ajudar. "às vezes, toda a metodologia, didática ou técnica não nos socorre. Temos de agir conforme o momento exige", comenta. As duas professoras concordam que não existe uma receita, mas algumas recomendações podem ajudar nas novas experiências do professor:


Planejamento - Prepare seu conteúdo da melhor maneira possível, ninguém e obrigado a saber tudo, mas o professor e obrigado a pesquisar e a se comprometer a trazer a resposta na próxima oportunidade, quando não souber alguma coisa.


Gerenciamento do tempo - Não fale muito rapido ou devagar demais e tenha sempre uma atividade extra, caso sobre tempo.Não demonstre insegurança - Não fale alto ou muito baixo e evite dar as costas para turma ou focalizar seu olhar em apenas um aluno, isso pode coagi-lo.


Cuidado com os "micos" - Não se encoste em mesas ou cadeiras e procure caminhar normalmente para evitar tombos e escorregões.


Humildade - Essa característica ajuda o professor a não subestimar seus alunos e a buscar sempre a melhor preparação.

Formação continua - A vida do professor deve ser um processo continuo de aprendizado.

Naturalidade e felicidade - Ter bom senso e bom humor para se adaptar as situações inesperadas. "Se cair, levante-se e n?o faca disso uma tragedia, o tombo faz parte da condição de ser humano", diz a professora Lucia. Coloque-se no lugar de seu aluno para saber o que eles desejam e reproduza felicidade. "Prepare sua aula como se fosse a aula que voce mais desejasse assistir e garanto que vai se sair muito bem", afirma a professora Ivone.

E não esqueca que grande parte dos medos e insegurancas são criados por nossa mente. "Se voce ve a situação como um monstro de 'sete cabecas', algo inatingivel, ou mesmo se não é isso exatamente o que quer, comeca a criar mais obstaculos dos que os naturais", explica a professora Lucia.



Sem medo de inovar

O livro "Uma Professora Fora de Série" conta a experiencia positiva de Esme Raji Codel comandando uma turma de quarta serie em seu primeiro ano em sala de aula. Esme, autora do diário que constitui a obra, e uma professora de Chicago e que, aos 24 anos, assumiu 31 alunos de uma escola pública. A narrativa mostra como e possivel uma professora motivada e com boa vontade superar as dificuldades da carreira e do proprio ensino, falta de recursos, praticas burocraticas e alunos vivendo uma realidade de pobreza e violência. A jovem professora não teve medo de ousar, quebrar padrões e ser diferente.


Logo no primeiro dia de aula, recebeu os alunos com uma sala diferente. Um quadro na parede dizia "Solucionando Conflitos", ensinava as criancas a resolverem seus problemas. Um varal esticado para guardar jogos, quebra-cabecas, trabalhos de arte, era o que ela chamava de "Se... você... terminar... antes". Tinha tambem uma mesa chamada "Centro de Ortografia", com jogos de soletrar e outros acessorios para os alunos treinarem a grafia das palavras. Também tinha o "Centro de Artes", com tintas guache, canetas e lapis de todas as cores. Esme trocou os nomes das disciplinas por expressões que despertassem o interesse das criancas. Ciencias virou "Hora do Cientista Louco", Estudos Sociais passou a se chamar "V.T.E.M - Viagem no Tempo e Exploração do Mundo", Matematica se tornou "Quebra-Cabecas". Ela também foi criativa ao organizar atividades e eventos que incentivassem seus alunos a aprenderem, se desenvolverem e tornarem-se melhores.


Ela sofreu com a inseguranca e o medo do primeiro dia de aula, tirou muitas vezes dinheiro do proprio bolso para pôr em práatica suas ideias, passou por poucas e boas, mas aprendeu muito sobre como ensinar. No primeiro ano de aula, aprendeu que quando se tem 31 alunos, cada dia tem trinta e uma realidades diferentes. Ficou encantada com as recompensas e gratificacões do ensino, mas tambem descobriu o que ninguém havia contado para ela. "Não dizem o que se sente quando se fica tonto na frente de uma sala cheia de criancas, o que se sente quando se segura os corpos de criancas se debatendo, odiando, brigando, cuspindo, arranhando. Não dizem o que se sente quando se ouve 'Eu te odeio`, ou o que se sente quando se diz 'Tudo bem, eu ainda amo voce'."

Esme também descobriu que não se aprende tudo na preparação dos professores. "Hoje em dia, nas aulas de Pedagogia, as pessoas dizem: 'Você tem de ser tudo para eles: orientadora, mãe, amiga...` E por ai afora. Eu ouco pessoas que lecionam ha muitos anos desfiar essa lista com um certo orgulho". Esme pensa diferente. "Eu não acho que seja uma coisa para se orgulhar. Não quero bancar a mãe, não posso bancar a mãe. Elas precisam de uma mãe de verdade. E precisam de uma professora de verdade".



Depoimentos

"Entrei na sala, pedi para cada um se apresentar e comecei a matéria. A hora não passava, imaginava que não poderia dar abertura, poderiam me fazer alguma pergunta que não saberia responder. No intervalo, de tão nervosa que estava, me deu uma crise de dor de barriga. Tomei água, molhei a nuca e voltei para a sala. Ainda faltavam alguns minutos e os alunos vieram conversar comigo. Percebi que eles não estavam contra mim e que eram meus parceiros".Professora Terezinha Soares


"Abri a porta, e eles já estavam la, meus primeiros alunos. Perguntava o nome, escrevia numa folha grande de papel manilha e prometia que muito em breve iriam decifrar não so aquelas letras, mas muitas outras. Quando terminamos as apresentacões, olhei-os em silencio. Depois não sei o que lhes disse, mas estabelecemos naquele momento um pacto de amizade, entendimento, solidariedade e, sobretudo, muito respeito. Aprendi que esses sentimentos são construidos e conquistados por nos em interacão com os outros."Professora Ivone Baldan


"Fui entregar uns documentos, certa de que comecaria a dar aulas em outro dia, mas quando cheguei a diretora disse-me: 'Pode subir. As duas primeiras são no 1º Andar. Não tinha preparado nada. Subi para a classe, olhei para os alunos e me apresentei. Falaram que na classe estudava o filho da diretora e que ela vigiava os professores pelo caderno dele. Aí brinquei: 'Então anota tudo que eu vou falar`. Falar o quê? Pensei. Disse que tudo que reagia era Quimica, perguntava aos alunos o que estavam vendo e eu dizia: E Quimica. Nunca mais levei documentos sem ao menos um livro debaixo do braço, ou com alguma coisa preparada".Professora Marcia Morales

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Exposição Bandeira de Mello


"A Dança " Autor: Bandeira de Mello
tríptico de óleo s/ madeira, ass. dat. 1989 inf. dir. nas 3 obras
140 x 65 cm (cada uma)


Lydio
Bandeira de Mello, nascido em 1929, esbanja talento. Merecedor de seus prêmios, sua obra é nacionalmente conhecida, não é à toa que é considerado um dos mestres da pintura moderna. Valorizando os mais simples e excluídos sociais igualando-os aos que têm posses, mostra sua humanidade e sua sensibilidade artística.

A exposição tem como foco a divulgação da produção e arte brasileira, sua preservação e a formação do pensar consciente sobre tal. Foram escolhidas 65 de suas obras, mais um filme com parceria da Sambacine contendo o relato do próprio artista sobre sua vida e obra. O que mais chama a atenção em suas obras são a riqueza de detalhes, a rigorosa técnica executada e a ótima forma de utilização das cores. Algumas dessas obras, retiradas de seu acervo pessoal, terão seu primeiro contato com o público nessa exposição.

Ressalta-se também algumas obras menos conhecidas do grande público que serão expostas, como seus grafites e aquarelas.
A mostra reúne desenhos e pinturas de médio e grande porte, que retratam todas as paixões artísticas do autor, como nus femininos, animais, pinturas religiosas, cenas do cotidiano, paisagens, o sertão, camponeses e retratos, além de estudos para afrescos e painéis.

As telas estarão organizadas por grupos, como Camponeses, Religiosos, Sertão, etc.

Para deixar a exposição ainda mais agradável, no dia 28 de novembro às 15 horas, os críticos Angela Ancora da Luz e Antonio José da Silveira debaterão sobre Técnica Estética na Obra de Bandeira de Mello com participação do público presente. E às 19 horas o artista fará uma visita guiada à sua exposição, junto ao lançamento do catálogo.

Os encarregados da produção são Anderson Eleotério e Izabel Ferreia com patrocínio da Caixa Econômica Federal. Cenografia por Guilherme Isnard que utilizará recursos de cores, som e iluminação para dar um clima intenso e dar ênfase às características das obras. A trilha sonora é basicamente composta por Jazz e Blues escolhidos pelo artista para que os visitantes se sintam em seu ateliê.


"Quem não tem o hábito de desenhar não pensa a forma" Lydio Bandeira de Mello


Exposição: "Bandeira de Mello, Eu existo assim."
Abertura: 26 de outubro, às 19 horas (para convidados)
Visitação: 27 de outubro de 2009 a 17 de janeiro de 2010
Classificação Livre
Entrada gratuita
Caixa Cultural Rio de Janeiro - Galeria 2 - Av. Almirante Barroso, 25, Centro (Metrô - Estação Carioca)
Terça à Sábado de 10h às 22h. Domingos de 9h às 21h.
Informações: (21)2544-4080