"Eduquemos as crianças, e não será necessário castigar os homens" - Pitágoras

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Texto sobre Educação * Revista Veja


O bom de educar desde cedo
Entrevista: James Heckman
retirado do site http://veja.abril.com.br/100609/entrevista.shtml


O prêmio Nobel de Economia explica por que deixar
de fornecer estímulos às crianças nos primeiros anos
de vida custa caro para elas – e para um país

Monica Weinberg

"Tentar sedimentar num
adolescente o conhecimento
que deveria ter sido apresentado
a ele dez anos antes custa
mais e é menos eficiente"

Ao economista americano James Heckman, 65 anos, deve-se a criação de uma série de métodos precisos para avaliar o sucesso de programas sociais e de educação – trabalho pelo qual recebeu o Prêmio Nobel, em 2000. Nessa data, Heckman estava no Rio de Janeiro, numa das dezenas de visitas que já fez ao Brasil. Achou que fosse trote quando lhe disseram da premiação. Formado por Princeton e há 36 anos professor da Universidade de Chicago, Heckman se dedica atualmente a estudar os efeitos dos estímulos educacionais oferecidos às crianças nos primeiros anos de vida – na escola e na própria família. Sua conclusão: "Quanto antes os estímulos vierem, mais chances a criança terá de se tornar um adulto bem-sucedido".

Em seus estudos, o senhor conclui que não há política pública mais eficaz do que investir na educação de crianças nos primeiros anos de vida. Por quê?
A razão é econômica. A educação é crucial para o avanço de um país – e, quanto antes chegar às pessoas, maior será o seu efeito e mais barato ela custará. Basta dizer que tentar sedimentar num adolescente o tipo de conhecimento que deveria ter sido apresentado a ele dez anos antes sai algo como 60% mais caro. Pior ainda: nem sempre o aprendizado tardio é tão eficiente. Não me refiro aqui apenas às habilidades cognitivas convencionais, mas a um conjunto de capacidades que deveriam ser lapidadas em todas as crianças desde os 3, 4 anos de vida.

O senhor poderia ser mais específico em relação a essas habilidades?
Há evidências científicas de que dois tipos de habilidade têm enorme influência sobre o sucesso de uma pessoa na vida. No primeiro grupo, situam-se as capacidades cognitivas – aquelas relacionadas ao QI. Por capacidades cognitivas entenda-se algo abrangente, como conseguir enxergar o mundo de forma mais abstrata e lógica. Num outro grupo, igualmente relevante, coloco as habilidades não cognitivas, relacionadas ao autocontrole, à motivação e ao comportamento social. Essas também devem ser estimuladas no começo da vida. Embora sejam cientificamente menosprezadas por muitos, descobri que elas estão diretamente relacionadas ao sucesso na escola – e, mais tarde, no próprio mercado de trabalho.

É realmente possível estimular esse tipo de habilidade?
Sem dúvida. Obviamente, há diferenças entre as pessoas, e estamos falando de capacidades muito relacionadas a personalidade e temperamento. Mas elas podem – e devem – ser melhoradas desde bem cedo. Defendo isso por uma razão: mesmo quando as intervenções em crianças pequenas não têm impacto sobre o QI, elas costumam trazer ótimo resultado sobre as capacidades não cognitivas. Muitos especialistas tendem a reduzir tudo ao QI, que é, logicamente, primordial para prosperar numa sociedade moderna. Hoje, no entanto, não se vai muito longe sem aquilo que poderíamos chamar de traquejo social, ou a capacidade de manter o controle diante de situações adversas. Isso pode ser desenvolvido. E, quanto mais cedo, melhor.

O que falta é investir mais na pré-escola?
Também. As escolas têm um papel fundamental, especialmente quanto ao desenvolvimento das habilidades cognitivas. Mas enfatizo ainda a relevância dos programas sociais que tenham foco nas famílias, de modo que elas consigam fornecer os incentivos certos num momento-chave. Iniciativas mínimas têm altíssimo impacto, como o hábito de conversar com os filhos ou emprestar-lhes um livro. Só que alguns pais precisam ser orientados a fazer isso, daí a necessidade de programas específicos. Não afirmo isso por bom-mocismo ou ideologia, mas com base em evidências. Elas indicam que qualquer tipo de intervenção que consiga despertar o interesse dos pais e fazê-los estimular, desde cedo, o aprendizado cognitivo e emocional dos filhos tem excelente custo-benefício. Infelizmente, governos no mundo inteiro ainda não se renderam ao que a ciência já sabe.

O senhor pode dar um exemplo do tipo de intervenção que funciona com as famílias?
Os estudos confirmam que um programa americano da década de 60, o Perry, amplamente copiado por outros países, tem ótimo retorno. Ele consiste, basicamente, em colocar crianças pobres na escola, em salas com poucos alunos, e envolver os pais no processo educativo. O professor visita as famílias para informar o que está sendo ensinado na aula, de modo que passem a participar mais ativamente. Sem esse amparo dos pais, dificilmente uma criança vai ter motivação para aprender, o que tende a se perpetuar no curso da vida escolar e resultar em adultos sem sucesso. Está provado que a família é o fator isolado que mais explica as desigualdades numa sociedade como a brasileira. Sob esse prisma, uma criança do Nordeste começa a vida em franca desvantagem em relação a uma do Sudeste. Com programas como esses, a ideia é tentar atenuar as diferenças no ponto de partida.

O que alguém que não desenvolve as principais habilidades nos primeiros anos de vida deve esperar?
Ela terá, certamente, mais dificuldade de assimilar tais conhecimentos. Os números são espantosos. Uma criança de 8 anos que recebeu estímulos cognitivos aos 3 conta com um vocabulário de cerca de 12 000 palavras – o triplo do de um aluno sem a mesma base precoce. E a tendência é que essa diferença se agrave. Faz sentido. Como esperar que alguém que domine tão poucas palavras consiga aprender as estruturas mais complexas de uma língua, necessárias para o aprendizado de qualquer disciplina? Por isso as lacunas da primeira infância atrapalham tanto. Sempre as comparo aos alicerces de um prédio. Se a base for ruim, o edifício desmoronará.

O senhor parece fatalista.
Não sou. Acho uma bobagem o que pregam os cientistas que até hoje defendem a tese das janelas de oportunidade. Segundo essa teoria, existe um único momento na vida para aprender cada coisa. Ao contrário desses colegas, vejo o aprendizado como um processo bem mais flexível. É verdade que, por volta dos 10 anos, como mostram os estudos científicos, as habilidades cognitivas já estão cristalizadas e se torna bem mais difícil desenvolvê-las. Mas não é impossível. A questão central é que isso demandará mais tempo, custará mais caro e não necessariamente produzirá os mesmos resultados.

"A ausência de bons incentivos na primeira infância está associada a uma série de indicadores ruins, como evasão escolar e gravidez na adolescência. Isso representa um custo enorme às sociedades"
Por que é tão mais caro para uma sociedade educar suas crianças depois que elas já passaram pelos primeiros anos de vida?
Isso ocorre porque é mais lento aprender toda uma gama de coisas depois da primeira infância e também porque a ausência dos incentivos corretos nessa fase da vida está associada a diversos indicadores ruins. Entre eles, evasão escolar, gravidez na adolescência, criminalidade e até os índices de tabagismo – sempre mais altos em sociedades incapazes de fornecer às suas crianças uma educação apropriada nos primeiros anos de vida. É claro que a falta de incentivos numa única fase da vida não explica 100% da ocorrência desses problemas, mas diria que o peso é grande. E isso tem seu preço. A criminalidade, por exemplo, pode ser reduzida, basicamente, de duas maneiras: investindo cedo em educação ou reforçando o policiamento nas ruas. Calculo que a opção pelo ensino custe algo como um décimo do gasto com segurança. Os Estados Unidos gastam trilhões de dólares a mais por ano só porque não entenderam isso.

Se há tanta clareza sobre os benefícios de programas que mirem os primeiros anos de vida de uma criança, por que os governos ainda resistem a essa ideia?
Há, sem dúvida nenhuma, alguma ignorância sobre o que a ciência já desvendou – mas isso é só uma parte do problema. A outra diz respeito a uma questão mais política. Para investir em programas com o objetivo de intervir nas famílias, é preciso, antes de tudo, reconhecer que há algo de errado com elas. Um ônus com o qual os políticos não querem arcar. Eles passam ao largo dos fatos e, pior ainda, divulgam uma imagem mistificada. Nessa visão ingênua, a família é uma unidade inabalável, que invariavelmente proporciona às crianças bem-estar. Além de não corresponder à realidade, essa imagem idílica só atrapalha, uma vez que ofusca o problema. Mais de 10% das crianças americanas são indesejadas, e muitas dessas jamais chegam a conhecer seus pais. Que tipo de incentivo para aprender se pode esperar numa situação dessas?

Um colega seu na Universidade de Chicago, o economista Steven Levitt, apresenta em seu livro Freakonomics uma opinião diferente da sua sobre a influência da família na vida dos filhos.
Levitt descambou para a simplificação absoluta de questões complexas, perigo eterno no meio acadêmico, sobretudo entre os economistas. Tendo bons números na mão, é sempre possível construir argumentos persuasivos, ainda que não passem de ciência social ruim. Uma das maiores bobagens de Levitt é justamente partir do pressuposto de que, se uma criança nasce em desvantagem, numa família que não lhe fornece nenhuma espécie de incentivo, não há nada a ser feito em relação a isso. Eu estou convicto do contrário. Só que é preciso começar cedo.

O Brasil investe sete vezes mais dinheiro no ensino superior do que na educação básica. O senhor considera essa uma inversão de prioridades?

Todo país precisa de boas universidades para formar cérebros e se tornar produtivo. É básico. Mas um país como o Brasil só conseguirá realmente alcançar altos índices de produtividade quando entender que é necessário mirar nos anos iniciais. Eles são decisivos para moldar habilidades que servirão de base para que outras surjam – um ciclo virtuoso do qual resulta gente preparada para produzir riquezas para si mesma e para seus países. Os governos, no entanto, têm se mostrado bastante ineficazes ao proporcionar esse ciclo.

"Na educação, há sempre a tentação de reduzir tudo à luta do capitalismo contra o marxismo. Um país ganha muito quando retira o debate do terreno político e o põe sobre bases científicas e econômicas"
Os educadores costumam dar muita ênfase à falta de dinheiro para a educação. Esse é realmente o problema fundamental?
O problema existe, mas não é o principal. O que realmente atrapalha nessa área é a péssima gestão do dinheiro. Se os governantes fossem um pouco mais eficazes, conseguiriam colher resultados infinitamente melhores. Em primeiro lugar, deveriam passar a tomar suas decisões com base na ciência, e não em critérios políticos ou ideológicos, como é mais comum. Veja o que aconteceu no caso da pesquisa com as células-tronco. Apesar de todas as evidências de que poderiam ser cruciais para curar doenças, deixamos de estudá-las durante oito anos nos Estados Unidos – isso por razões políticas. Um exemplo de obscurantismo em pleno século XXI. Na educação, há sempre a tentação de reduzir a discussão à luta do capitalismo contra o marxismo, da direita contra a esquerda ou de antissindicalistas contra sindicalizados. Meu esforço é justamente para trazer o debate a bases objetivas – e econômicas.

O que está comprovado sobre os benefícios da educação para um país?
Cada dólar gasto na educação de uma pessoa significa que ela produzirá algo como 10 centavos a mais por ano ao longo de toda a sua vida. Não há investimento melhor. A ideia é fornecer incentivos suficientes para que o talento atinja sempre o maior nível possível. Só com gente assim a Irlanda, por exemplo, conseguiu tirar proveito das oportunidades que surgiram depois que o país se integrou à economia mundial. É também o que ajuda a explicar o acelerado enriquecimento da Coreia do Sul nas últimas décadas. Nesse cenário, não há melhor aplicação do que canalizar o dinheiro para a formação de crianças em seus primeiros anos de vida. Insisto nisso porque são os países que já estão nesse caminho justamente os que se tornam mais competitivos – e despontaram na economia mundial.

sábado, 13 de junho de 2009

Jovens são as principais vítimas do consumismo




Necessidades pessoais deles estão vinculadas à imagem ou à marca


Vivemos em uma sociedade “ideologizada” pelo consumo, sendo os jovens, provavelmente, os principais alvos desse apelo massificado. Pensando nisso, através de uma pesquisa que serviu de base para a elaboração de sua tese de doutorado, defendida na faculdade de Serviço Social, Tatiane Alves Baptista apresentou essa juventude como uma categoria social e, portanto, sujeita às categorias de alienação, fetichismo de mercado, indústria cultural e ideologia. Ela abordou, de forma mais enfática, como se dão esses efeitos sobre os jovens que vivem em um contexto de pobreza. Na pesquisa, realizou uma série de entrevistas com moradores da Mangueira, comunidade localizada nos arredores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.


Em seu texto, utiliza bastante a obra de Karl Marx, como referência teórica, apontando, por exemplo, um suposto conformismo social frente às reformas neoliberais e a constituição da sociedade nos princípios da propriedade privada, produzindo/reproduzindo relações sociais igualmente alienadas. Tudo isso dá ao Estado uma condição de falsa universalidade, uma representação distorcida. Segundo a autora, vivemos em uma sociedade “ideologizada” pelo consumo. “Essa idéia é fértil para entender o consumismo, a expectativa de felicidade no consumo, o consumo fetichizado e de apelo massificado através dos mecanismos da indústria cultural e que são produtos que denotam e conotam a ideologia e a estética dominante”, escreve.


A intensa massificação das campanhas publicitárias para promover o consumo acaba, segundo ela, contribuindo para a homogeneização dos indivíduos, o que explica seu conformismo frente às reformas neoliberais. Para explicar melhor essa situação, ela cita Leandro Konder: “as mercadorias parecem ter vida própria, dão a impressão de se moverem por si mesmas. A própria linguagem cotidiana reforça o condicionamento, quando nos leva a dizer: o pão subiu, a manteiga baixou, o açúcar sumiu, o leite melhorou, os fósforos pioraram etc...”.
E como se daria a efetivação da demanda de consumo entre os jovens pobres? Para responder a isso, a autora explicita que a maioria busca uma realização e um status social que dinheiro nenhum pode comprar. Por tabela, segundo ela, acabam também motivados à compra, desenvolvendo o desejo da posse. Como exemplo, Tatiana mostra que, muitas vezes, a “moda” vai buscar inspiração no conteúdo de movimentos gerados por esses jovens, como o funk e o hip-hop, apresentando-os como algo inovador, incentivando, desse modo, o consumo dos produtos que, geralmente, são caros e inacessíveis a seus inspiradores.


Tatiana explica que a relação entre consumo e violência foi percebida, ao longo da pesquisa, através de todos os relatos. Para ela, todos os entrevistados narraram diferentes casos de roubo, tráfico de drogas e assaltos impulsionados pelo desejo de comprar e de ter.
A autora esclarece que o determinante de toda essa conflituosa relação não é o consumo em si, mas a histórica desigualdade social a que esses jovens estão submetidos. Ela elucida que um país que não propõe reformas estruturais à sua base de apoio, mostrando-se incapaz de satisfazer as necessidades básicas de qualquer cidadão, terá de enfrentar graves problemas ao inserir-se tardiamente no mundo globalizado e movido pelo consumo. Dentre esses problemas estão “ações violentas tanto por parte dessa juventude quanto por parte do Estado, aumento da frustração do indivíduo social, recrutamento de jovens de comunidades pobres para o tráfico de drogas e de armas, entre outros”, diz.
Na conclusão, Tatiane Alves Baptista defende que tais condições têm suas raízes na forma social assumida pelo trabalho na sociedade capitalista. Segundo ela, o consumo é capaz de mascarar essa desigualdade, criando um processo de falsa harmonia e de falso equilíbrio social."

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Sucesso:todo mundo quer...mas a que preço?

(Retirado desse site)
"SUCESSO: UMA QUESTÃO DE ATITUDE 

“Uma visão sem ação não passa de um sonho.
Ação sem visão é só um passatempo. 
Mas uma visão com ação pode mudar o mundo”. 
Joel Barker

   

No desafio de construir uma vida bem
sucedida ,alguns fatores são determinantes:
a atitude que assumimos, o senso de
oportunidade e a inteligência relacional, por exemplo .

Antes de ver nossos sonhos trazidos à
realidade do dia a dia, é preciso imaginá-los.
O segundo passo é traçar um plano de ação.
Como fez o Gato de Botas.
Uma atitude imaginativa é vital.

  O filósofo Spinoza nos ensina que o emprego
correto da faculdade de imaginação é de
suprema importância : “O grande obstáculo ao
comportamento inteligente é a vividez
superior de situações presentes quando
comparadas com as memórias
projetadas que chamamos imaginação. 

  Assim como a mente concebe uma coisa
segundo os ditames da razão, ela será igualmente
afetada se a idéia for de qualquer coisa
presente, passada ou futura.
  Por meio da imaginação e da razão
transformamos dotes de nosso futuro e
deixamos de ser escravos de nosso passado.” 

 Como criar uma Atitude que nos leve ao sucesso?

Podemos definir sucesso como conseguir
tudo aquilo de desejamos.Em vários aspectos de nossa vida.
Sucesso inclui “ vencer na vida”,ser reconhecido
como uma referência entre seus pares; auto-realização;
iluminação espiritual.
E tudo mais que fizer parte de nossos anseios.

Pesquisas apontam que pessoas que
conseguiram definir-se como bem
sucedidas desenvolveram
talentos variados que lhe dão certa completude.
Aliam uma consciência crítica
altamente desenvolvida a uma
percepção holística da realidade.
Em sua jornadapessoal buscam , cada
vez mais, qualidade de vida,
o que implica no exercício de atividades voluntárias,
na atuação como ser político, cidadão em sua comunidade
e no sentimento de urgência em obter um significado
para a própria vida, em esforço firme e ético para
influenciar a realidade .Viver desta maneira o torna
aberto , flexível a mudanças dotando-o da tão
necessária versatilidade agregada a comprometimento
e resultados. Isto resulta na expressão do que
podemos identificar como um
conjunto de atitudes vencedoras.

Pessoas de sucesso, que se tornam referências,
desenvolvem, em geral , uma série muito particular
de atitudes : são solidários, conectados, intuitivos,
entusiásticos,perseverantes, sinérgicos. E alegres
sempre.Muito alegres.Iluminam o ambiente
onde quer que estejam .

Outra peculiar característica do ser humano
bem sucedido é sua capacidade de perceber
oportunidades.Isto está diretamente ligado
ao que podemos chamar Atitude Perceptiva.

Ser bem sucedido requer que não só
tenhamos atitudes vencedoras e uma estratégia
para pô-las em prática, como também a consciência
de que objetivo é um sonho com data marcada.
Ao estabelecer seus objetivos, pessoas de sucesso
o fazem com a alegria e com a capacidade de
maravilhamento do sonhador.
Têm sempre em mente o ABC dos Objetivos,
verdadeira bússola que aponta para o norte,
onde se vislumbra o sucesso.
Todo objetivo deve ser :
A) Afirmativo e ecológico( ser isento
de conseqüências negativas)
B) bem específico
C) circunstanciado; ter data , prazo
 

  E, por fim, todos aqueles que se percebem
bem-sucedidos constroem ao seu redor
uma Comunidade da Visão, onde sonhos ,
energias, talentos, competências, saberes e
ações de cada um se soma ao do outro,
criando um manancial de fluxo inesgotável.
Cada membro da Comunidade da Visão sabe
que relacionar-se com o outro é muito mais
do que a simples troca de cartão.
Portanto, envolvem-se , relacionam-se ,
comprometem-se, partilham.
Afinal, pessoas bem sucedidas não
fazem network.Fazem amigos."

terça-feira, 9 de junho de 2009

Revolucione a sala de aula * Stephen Kanitz




"Qual a profissão mais importante para o futuro de uma nação? O engenheiro, o advogado ou o administrador? Vou decepcionar, infelizmente, os educadores, que seriam seguramente a profissão mais votada pela maior parte dos leitores. Na minha opinião, a profissão mais importante para definir uma nação é o arquiteto. Mais especificamente o arquiteto de salas de aula.


Na minha vida de estudante freqüentei vários tipos de sala de aula. A grande maioria seguia o padrão usual de um monte de cadeiras voltadas para um quadro negro e uma mesa de professor bem imponente, em cima de um tablado. As aulas eram centradas no professor, o "lócus" arquitetônico da sala de aula, e nunca no aluno. Raramente abrimos a boca para emitir nossa opinião, e a maior parte dos alunos ouve o resumo de algum livro, sem um décimo da emoção e dos argumentos do autor original, obviamente com inúmeras honrosas exceções.
Nossos alunos, na maioria, estão desmotivados, cheios das aulas. É só lhes perguntar de vez em quando. Alguns professores adoram ser o centro das atenções, mas muitos estão infelizes com sua posição de ator obrigado a entreter por cinqüenta minutos um bando de desatentos.

Não é por coincidência que somos uma nação facilmente controlada por políticos mentirosos e intelectuais espertos. Nossos arquitetos valorizam a autoridade, não o indivíduo. Nossas salas de aula geram alunos intelectualmente passivos, e não líderes; puxa sacos, e não colaboradores. Elas incentivam a ouvir e obedecer, a decorar, e jamais a ser criativos.

A primeira vez que percebi isto foi quando estudei administração de empresas no exterior. A sala de aula, para minha surpresa, era construída como anfiteatro, onde os alunos ficavam num plano acima do professor, não abaixo. Eram construídas em forma de ferradura ou semicírculo, de tal sorte que cada aluno conseguia olhar para os demais. O objetivo não era a transmissão de conhecimento por parte do professor, esta é a função dos livros, não das aulas.
As aulas eram para exercitar nossa capacidade de raciocínio, de convencer nossos colegas de forma clara e concisa, sem "encher lingüiça", indo direto ao ponto. Aprendíamos a ser objetivos, a mostrar liderança, a resolver conflitos de opinião, a chegar a um comum acordo e obter ação construtiva. Tínhamos de convencer os outros da viabilidade de nossas soluções para os problemas administrativos apresentados no dia anterior. No Brasil só se fica na teoria.

No Brasil, nem sequer olhamos no rosto de nossos colegas, e quando alguém vira o pescoço para o lado é chamado à atenção. O importante no Brasil é anotar as pérolas de sabedoria.

Talvez seja por isto que tão poucos brasileiros escrevem e expõem as suas idéias. Todas as nossas reclamações são dirigidas ao governo - leia-se professor - e nunca olhamos para o lado para trocar idéias e, quem sabe, resolver os problemas sozinhos.

Se você ainda é um aluno, faça uma pequena revolução na próxima aula. Coloque as cadeiras em semicírculo. Identifique um problema de sua comunidade, da favela ao lado, da própria faculdade ou escola, e tente encontrar uma solução. Comece a treinar sua habilidade de criar consenso e liderança. Se o professor quiser colaborar, melhor ainda. Lembre-se de que na vida você terá de ser aprovado pelos seus colegas e futuros companheiros de trabalho, não pelos seus antigos professores."


Stephen Kanitz é administrador (www.kanitz.com.br)
Publicado na Revista VEJA, Editora Abril, edição 1671, Ano 33, nº 42 de 18 de outubro de 2000, página 23

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Vcoê já pensou em Desistir?



"Antes de você desanimar porque
fracassou em alguma coisa,
pense que somente alcança o
sucesso quem insiste, apesar de tudo.


Fred Astaire, o famoso ator que
encantou as telas do cinema
dançando e fez mais de 40 filmes ,
ao fazer seu primeiro teste para o cinema,
recebeu as informações de que não sabia atuar.
"Era careca",dizia o relatório,
e ainda "dançava pouco".


Em 1950 ganhou um Oscar honorário
e em 1970 em Prêmio UNICRIT,
concedido no Festival de
Berlim em reconhecimento
à sua contribuição ao gênero musical


O professor de Enrico Caruso dizia que ele não
tinha voz e não era capaz de cantar.


Acreditando nisso, os pais de Enrico
queriam que ele fosse engenheiro.
Ele não desistiu e se tornou famoso
cantor de ópera, admirado até os dias atuais.
Além de excepcional cantor também
era um excelente cartunista.


Winston Churchill foi reprovado na sexta série.
Somente se tornou primeiro ministro
da Inglaterra depois dos 60 anos.
Sua vida foi cheia de derrotas e fracassos.
Mas ele nunca desistiu. Chegou a dizer um dia:
"eu deixaria a política para sempre,
se não fosse a possibilidade
de um dia vir a ser Primeiro-Ministro."
Conseguiu.


E talvez poucos saibam: ele foi
prêmio Nobel de literatura
em 1953, por suas memórias
da segunda guerra mundial.


Walt Disney foi despedido pelo editor
de um jornal por falta de idéias.
Você pode imaginar tal coisa?
Antes de construir a Disneylândia,
foi à falência diversas vezes.
Nunca desanimou.


Richard Bach teve recusado a sua história
de dez mil palavras por 18 editoras.
Era a história de uma gaivota que planava.
Uma gaivota chamada Fernão Capelo Gaivota.
Por não ter desistido, em 1970 a Macmillan publicou
a história e em 5 anos vendeu mais de 7 milhões
de exemplares, só nos Estados Unidos.


Rodin era considerado por
seu pai como um idiota.
Seu tio dizia que ele
era um caso perdido.


Por três vezes ele foi reprovado
na admissão à escola de artes.
Descrito como o pior aluno da escola,
Rodin não desistiu e deu ao mundo
maravilhas da escultura como
o pensador, o beijo e filho pródigo.


Chegou a ficar afastado do mundo das artes por dez anos,
quando teve uma de suas obras recusada para exposição.


Contudo, em 1900, em paris, foi lhe destinado um pavilhão
inteiro para a mostra de 168 trabalhos seus.


Assim acontece com todos os que
perseguem os seus sonhos,
não se permitindo desanimar por fracassos,
derrotas ou julgamentos precipitados.


Portanto, se você está a ponto de desanimar,
pare um pouco e pense.
Logo haverá de descobrir que ainda há
muitas tentativas a serem feitas.
Há muita gente a ser procurada, muitos dias
a serem vividos e muitas conquistas a alcançar.


Não há limites para quem acredita que pode atingir
os seus objetivos, que pode concretizar os seus projetos.


Pense nisso e tente outra vez.
E outra mais.
Não se deixe abater
por críticas, por experiências
mal sucedidas.


Vá em frente. Tente de novo e verá que
os seus esforços alcançarão êxito. "



Jack Canfield em "Histórias para Aquecer o Coração"